Gestão eficiente e transparente: um bom presente para Porto Velho

Porto Velho comemora nesta terça-feira, 2 de outubro, 98 anos de criação. São quase um século de história. Este porto seguro na margem direita do rio Madeira, que serviu de acampamento para os primeiros desbravadores da Amazônia, cresceu ao sabor dos ciclos econômicos do látex, do ouro, da cassiterita e da madeira. Nossa Capital é resultado dessas convulsões sociais que marcaram sua fisionomia, e marcam até hoje sua cultura e sua gente.  Estes ciclos econômicos surgiram de repente, sem tempo para planejamento da cidade, e se foram sem deixar uma base sólida para a sustentação econômica da comunidade local.

Hoje, vivemos o ciclo da energia e nossa esperança é que agora esta história não se repita. Nossa esperança é que o aporte de grandes volumes de recursos do governo federal nas usinas do Madeira e na cidade possam criar as condições para consolidar um modelo de desenvolvimento sustentável para Porto Velho e para Rondônia. Um modelo de desenvolvimento que não dependa mais de nenhum ciclo econômico, mas que se sustente com o uso sustentável de nossas riquezas naturais e com a força de trabalho e a criatividade de nossa gente.

Como senador, estou fazendo a minha parte para que este ciclo de desenvolvimento seja permanente e possa trazer muitos recursos para Porto Velho e para Rondônia. Um exemplo é a Proposta de Emenda à Constituição que apresentamos no Senado propondo que a cobrança do ICMS da comercialização de energia seja feita nos Estados produtores de energia, e não nos Estados consumidores, como ocorre atualmente. Rondônia, que em breve passará a ser um Estado exportador de energia, não poderá arcar com os pesados impactos sociais e ambientais da obra sem ter uma contrapartida permanente pela comercialização da energia elétrica produzida com a força das águas do rio Madeira. Porto Velho é quem mais está sentindo esses impactos e ainda não recebeu uma contrapartida a altura. Por isso defendemos que parte do imposto fique na origem. Creio que dessa forma vamos construir um ciclo duradouro de desenvolvimento para nossa Capital e para todo o Estado.

Não podemos deixar que a onda cíclica da ‘cultura de garimpo’ se repita. Já avançamos um bom caminho deste ciclo energético e as evidências apontam para a ausência de planejamento ou a falta de uma gestão eficiente que dê conta de executar o plano que está colocado. Qual é o cenário para Porto Velho em 2020: Temos um plano para os próximos 50 anos: É isso que precisamos. Temos que trabalhar já e precisamos saber o que queremos para o nosso futuro. Por isso, nesta data em que Porto Velho comemora 98 anos de existência, o melhor presente que poderemos dar para nossa cidade talvez seja um administrador com visão de futuro e capacidade para gerenciar a nossa Capital com eficiência, transparência e, sobretudo, com honestidade.

Este presente poderá ser dado no próximo dia 7 de outubro, quando vamos escolher o novo prefeito da Capital, assim como os prefeitos dos demais 51 municípios de Rondônia. Creio que Porto Velho merece uma administração que consiga estabelecer um alinhamento político estratégico com o governo do Estado e com o governo federal, coisa que não tivemos de forma satisfatória nas últimas administrações, e assim possa alavancar os recursos necessários para as obras de infraestrutura, em educação e na saúde, áreas que mais precisam da intervenção do novo prefeito. Mas, sobretudo, um prefeito que possa sentar com as forças econômicas, com as lideranças políticas e comunitárias, com os servidores públicos, com os trabalhadores e traçar ações estratégicas atendendo as necessidades de todos.

Por isso, mais uma vez insisto: exerça o seu direito sagrado de votar nessas eleições municipais com consciência. Vote em políticos com passado limpo e com propostas voltadas para a melhoria da cidade. Não troque seu voto por benefícios pessoais e passageiros. Em Porto Velho, dê um presente para a cidade votando em quem vai tratá-la com carinho e administrar seu dinheiro, o dinheiro de nossos impostos, com honestidade, sem desvios ou esquemas corruptos. A corrupção começa justamente na eleição, principalmente através da compra de votos. Eleito, o político corrupto dará um jeito de recuperar o que gastou e assim prejudicará a população. Quem mente, engana, e joga sujo, ou fala mal da cidade e de seu povo, não merece de forma alguma a confiança da população. Se um candidato assim chega ao poder, é claro que continuará agindo da mesma forma. O momento de presentear a cidade com um bom administrador é agora. Vote consciente!