O Senado Federal homenageou, em sessão solene, nesta sexta-feira, o Dia Internacional Do Cooperativismo, que é comemorado desde 1923, sempre no primeiro sábado de julho. O cooperativismo reúne no Brasil cerca de nove milhões de associados em quase sete mil cooperativas. O setor com o maior número de cooperativas é o agropecuário, seguido da área de crédito e a do trabalho.
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que está licenciado do mandato, tem defendido o cooperativismo como uma alternativa de sobrevivência e de manutenção da competitividade para os pequenos e médios agricultores de base familiar. “Tenho estimulado o cooperativismo como a melhor alternativa para os produtores rurais de Rondônia, pois somente com a organização em cooperativas é que o Estado poderá se tornar uma potência agrícola”, justifica Acir.
As cooperativas da agricultura familiar e do agronegócio têm conquistado um espaço cada vez maior nas exportações brasileiras. Em 2011, por exemplo, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o cooperativismo superou em 39,8% o valor exportado em 2010, atingindo a marca histórica de 6,17 bilhões de dólares em vendas ao exterior.
Acir Gurgacz é o relator, na Comissão de Agricultura, dos projetos de lei que criarão a Lei Geral do Cooperativismo. Essa nova lei definirá o ato cooperativo e equacionará questões referentes à tributação, a unicidade e representatividade, além da abertura de capital das cooperativas. “Entendo que o ideal seria concluirmos a tramitação da Lei Geral das Cooperativas, no Senado e na Câmara, ainda este ano, eleito pela ONU como o Ano Internacional do Cooperativismo”, salienta Acir.
A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, reforçou que os bons resultados das cooperativas estão espalhados pelos quatro cantos do mundo. “É um sistema que entrou para a história da economia mundial e se tornou um alternativa para o crescimento dos pequenos empreendedores e mesmo de grande grupos”, assinalou a senadora.
A primeira cooperativa do mundo foi criada em 1844, na Inglaterra, por 28 operários, em sua maioria tecelões. Eles se uniram na busca de uma forma de organização mais justa e democrática.
O cooperativismo cresceu muito no Brasil nos últimos anos, mas ainda está longe de atingir os indicadores dos países mais desenvolvidos, onde, em média, 40% da população está ligada a cooperativas. No Brasil, existem hoje cerca de 7.680 cooperativas, que geram aproximadamente 250 mil empregos diretos e movimentam 6% do PIB nacional. Elas reúnem cerca de 10 milhões de associados, o que representa apenas 5% da população brasileira.
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