A tragédia de Teresópolis nos leva a crer que não haja outro caminho que não seja o da prevenção. O que aconteceu no Estado do Rio de Janeiro não foi simplesmente uma fatalidade em áreas de risco. Vai muito mais além. A verdade é que é responsabilidade dos governos alertarem e impedirem que as pessoas habitem regiões de risco, mas é também responsabilidade dos governos federal, estadual e municipal se unirem para criar as ferramentas necessárias para prever e evitar tragédias como a de Teresópolis, na qual até a manhã desta sexta-feira, dia 14 de janeiro, mais de 500 pessoas haviam sido dadas como mortas.
Cabe a nós, do Senado Federal, dar apoio às prefeituras das cidades atingidas e ao governo do Estado do Rio de Janeiro, mas também cabe a nós analisarmos o problema a fundo. Para começar esse trabalho, o Senado reunirá amanhã, quinta-feira, sua Comissão Representativa, da qual faço parte. Hoje, o drama é vivido no Rio, mas no passado situações parecidas ocorreram em Santa Catarina, Alagoas, São Paulo e mesmo no Rio, com os deslizamentos de Angra dos Reis, no ano passado.
Se não temos a tecnologia e os recursos necessários para instalar estações de medição das chuvas e do risco de deslizamentos em todas as regiões sensíveis do País, então teremos que buscá-los de algum lugar. É inaceitável não termos estações telemétricas, como são chamadas, funcionando para salvar vidas, mas tenhamos que gastar milhões para reconstruir, indenizar e enterrar centenas e centenas de inocentes.
Precisamos unir governo federal, estaduais e municipais para inverter já essa ordem de investimentos. O Brasil não suporta mais gastar milhões com reparações de tragédias e centavos com a prevenção.
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