quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A situação inaceitável na saúde de Rondônia

A questão da saúde em Rondônia chegou à mídia nacional depois que o governador Confúcio Moura fez uma visita ao hospital João Paulo II, na semana passada. A imprensa teve oportunidade de entrar naquele hospital e mostrar, sem a necessidade de levar câmeras escondidas, a realidade que já vinha mostrando desde antes das eleições. Não faz muito tempo que uma médica havia lavrado boletim de ocorrência sobre a situação de outro hospital público na Capital. Na ocasião ela estava na UTI neonatal lotada, com mais crianças para serem atendidas do que número de leitos, e com três cesarianas agendadas. A situação não era nada fácil. No mesmo final de semana um jovem morreu devido à falta de neurocirurgiões no Estado.
O que o Brasil viu esta semana, na tevê, é uma realidade rondoniense que não é nova, que é resultado de descaso, e que vinha sendo escondida à força debaixo do tapete.
Lutamos para mostrar a situação na imprensa para sensibilizar o governo, chegamos a levar câmeras escondidas para registrar o descaso. Falo em nome do Sistema Gurgacz de Comunicação, o SGC, que sempre teve (e vai continuar a ter) um papel importante na divulgação dos problemas do Estado.
A chegada de um hospital de campanha do Exército é uma ação paliativa que tem como objetivo equilibrar o atendimento, estancar uma crise antiga e dolorosa. O governador está no caminho certo, mas é preciso olhar para trás e tentar entender como chegamos a essa situação vergonhosa e inaceitável.

2 comentários:

  1. O governo, além de construir novos hospitais, tem que valorizar o que já existe, como o hospital Santa Marcelina, que oferece saúde com dignidade e alta qualidade, além do baixo custo.

    Esse hospital sofreu ferrenha perseguição do antigo governo com atrasos sistemáticos nos repasses e até desvio de verbas provenientes do ministério da saúde para aquela entidade.

    Espero que o novo governo saiba valorizar o que tem de bom e funciona no estado.

    Cleiton Bach - CRM/RO 2155

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  2. Concordo com o Cleiton precisamos valorizar o que já temos, e construir novos hospitais, principalmente em Ji-Paraná que atende todas as cidades adjacentes, causando uma sobrecarga em nosso hospital municipal que nunca teve um atendimento digno para os menos necessitados.
    E falando ainda em saúde pública deveríamos dar uma basta nesta "máfia" de meia dúzia de médicos de nossa região que supervalorizam suas consultas e prestam um serviço péssimo para a sociedade, hospitais particulares cobrando horrores de diárias. Nem mesmo em hospitais particulares de renome é cobrado esses valores. Tem muita gente achando que aqui em RO só tem gente boba. Precisamos dar um basta nisso e criar uma normalização ou fiscalização nesses serviços para que nossa população Ji-Paranaense seja digna de pagar suas consultas. Pois o governo não oferece saúde pública digna, e os hospitais particulares muito menos, e ainda por cima cobram horrores. Isso é vergonhoso.

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