A questão da saúde em Rondônia chegou à mídia nacional depois que o governador Confúcio Moura fez uma visita ao hospital João Paulo II, na semana passada. A imprensa teve oportunidade de entrar naquele hospital e mostrar, sem a necessidade de levar câmeras escondidas, a realidade que já vinha mostrando desde antes das eleições. Não faz muito tempo que uma médica havia lavrado boletim de ocorrência sobre a situação de outro hospital público na Capital. Na ocasião ela estava na UTI neonatal lotada, com mais crianças para serem atendidas do que número de leitos, e com três cesarianas agendadas. A situação não era nada fácil. No mesmo final de semana um jovem morreu devido à falta de neurocirurgiões no Estado.
O que o Brasil viu esta semana, na tevê, é uma realidade rondoniense que não é nova, que é resultado de descaso, e que vinha sendo escondida à força debaixo do tapete.
Lutamos para mostrar a situação na imprensa para sensibilizar o governo, chegamos a levar câmeras escondidas para registrar o descaso. Falo em nome do Sistema Gurgacz de Comunicação, o SGC, que sempre teve (e vai continuar a ter) um papel importante na divulgação dos problemas do Estado.
A chegada de um hospital de campanha do Exército é uma ação paliativa que tem como objetivo equilibrar o atendimento, estancar uma crise antiga e dolorosa. O governador está no caminho certo, mas é preciso olhar para trás e tentar entender como chegamos a essa situação vergonhosa e inaceitável.
O governo, além de construir novos hospitais, tem que valorizar o que já existe, como o hospital Santa Marcelina, que oferece saúde com dignidade e alta qualidade, além do baixo custo.
ResponderExcluirEsse hospital sofreu ferrenha perseguição do antigo governo com atrasos sistemáticos nos repasses e até desvio de verbas provenientes do ministério da saúde para aquela entidade.
Espero que o novo governo saiba valorizar o que tem de bom e funciona no estado.
Cleiton Bach - CRM/RO 2155
Concordo com o Cleiton precisamos valorizar o que já temos, e construir novos hospitais, principalmente em Ji-Paraná que atende todas as cidades adjacentes, causando uma sobrecarga em nosso hospital municipal que nunca teve um atendimento digno para os menos necessitados.
ResponderExcluirE falando ainda em saúde pública deveríamos dar uma basta nesta "máfia" de meia dúzia de médicos de nossa região que supervalorizam suas consultas e prestam um serviço péssimo para a sociedade, hospitais particulares cobrando horrores de diárias. Nem mesmo em hospitais particulares de renome é cobrado esses valores. Tem muita gente achando que aqui em RO só tem gente boba. Precisamos dar um basta nisso e criar uma normalização ou fiscalização nesses serviços para que nossa população Ji-Paranaense seja digna de pagar suas consultas. Pois o governo não oferece saúde pública digna, e os hospitais particulares muito menos, e ainda por cima cobram horrores. Isso é vergonhoso.