Às vésperas de uma eleição decisiva para a boa gestão do governo do Estado de Rondônia, vemos o cenário político um tanto quanto conturbado. Práticas antigas e no mínimo questionáveis entram no circuito, trazendo preocupação não somente para os personagens envolvidos no governo e suas vizinhanças, mas também para toda a população.
Por isso me preocupa muito como as pessoas lá em suas casas estão acompanhando o noticiário político, vendo comentários sobre nomeações, indicações, decisões sobre votos, deputados ausentes de sessões extraordinárias e outros temas que se misturam e se confundem no andar da carruagem. O povo não é bobo, e disso todos nós sabemos. O eleitor já deu esse recado no ano passado, assinando embaixo de um projeto de um novo Estado.
Muita gente, vendo uma saraivada de críticas, comentários muitas vezes infundados e totalmente tendenciosos (puxando a sardinha para seu lado, qualquer lado), acaba sentindo-se confusa, ansiosa, preocupada com o estado das coisas em Rondônia. Não temos um mês de novo governo, contando desde a data da posse, mas as cobranças que aparecem por aí são contundentes e duras como se Confúcio Moura estivesse à frente do Estado há dois ou três anos.
Para engrossar ainda mais o caldo e deixar ainda mais cheio de caroço, como diz o ditado popular, fica a ameaça no ar de um governo conturbado com atritos entre os Poderes em Rondônia. Para o eleitor, isso tudo fica muito feio, fica muito ruim. É difícil mesmo para o eleitor pensar que interesses pessoais não estão sendo postos na frente de qualquer coisa. E no final das contas, isso não deveria ser tão ruim assim.
Mas por quê? Porque um interesse pessoal que deveria ser comum a cada rondoniense deveria se “o melhor para o Estado”. Melhor saúde, mais emprego, maior renda, uma educação mais eficiente e edificadora. Mais segurança... Dessa forma, o interesse pessoal do industrial é produzir e vender mais, com custos menores; do médico, seria de poder atender mais clientes e faturar mais; do assalariado, obviamente, ver sua mão de obra melhor remunerada; dos educadores, terem mais ferramental para trabalho e melhor reconhecimento financeiro...
A soma de interesses pessoais é um grande interesse comum: uma Rondônia melhor para cada um, tornando real o sonho de cada um, simplesmente porque as idéias se encaixam, os propósitos de todos se completam. A classe política, no meio disso tudo, teria o papel de tornar possível a concretização dos interesses pessoais de todos nós, usando uma lógica que a gente aprende na escola logo nos primeiros anos de aulas, que é encontrar elementos comuns dentro de “conjuntos” diferentes – a intersecção. Os amigos e amigas devem se recordar disso. E há sempre algo em comum no meio de uma sociedade, mesmo que ela seja grande, com mais de um milhão e meio de habitantes.
Por isso, assim como cada eleitor desse Estado tão rico de potenciais, eu fico na torcida para que o bom senso prevaleça e todos possam olhar o que é mais importante para, lá na frente, o sonho coletivo de uma Rondônia progressista venha se tornar verdade. Mas é preciso bom senso, mesmo. Um bom final de semana para todos.
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