Nesta sexta-feira, 14/09, estive nos distritos de Palmeiras e Nova Dimensão, em Nova Mamoré, no extremo Oeste de Rondônia, e me deparei com uma situação no mínimo constrangedora para quem trabalha pela Educação, e vergonhosa para um País como o Brasil, que está entre as seis maiores economias do mundo. Num calor de quase 40 graus, um grupo de crianças tinha aulas em um barracão de madeira improvisado, coberto com amianto, construído ao lado de uma estrutura que deveria ser a Escola Professora Maria Laurinda Groff, mas que não dava para chamar de escola.
O olhar das crianças também era de constrangimento, de mágoa, ou mesmo de revolta por não terem condições de receber uma educação de qualidade, o que, com certeza, seria a porta de acesso para um novo horizonte. Esta situação realmente me doeu no coração. Conversei com os alunos, com a diretora, professora Dorinha Gomes da Costa, e a vice-diretora, professora Maria Helena Coelha, que fazem o que pode para ensinar as crianças a ler e escrever, somar e dividir, aprender um pouco de história, geografia e, mesmo naquela precariedade, se tornarem cidadãos brasileiros.
Formar cidadãos: esse é o papel da escola! Mas como formar bons cidadãos em escolas como essa? Na hora, assumi um compromisso com a diretora, com a professora da escola e com aquela comunidade em buscar uma escola melhor para aquelas crianças. Acabar com a pobreza e o analfabetismo nos rincões do Brasil e de Rondônia são compromissos da presidenta Dilma e do governador Confúcio Moura e sei que eles também vão se sensibilizar com a situação dessa escola.
Se o Estado não tiver condições de melhorar as condições dessa escola em situação de emergência, e com urgência, vamos buscar recursos no Ministério da Educação, no FNDE ou no Pronacampo. Não podemos conviver com uma educação nesta situação se queremos ser um Estado desenvolvido, um País de primeiro mundo, se queremos formar cidadãos conscientes e livres. A melhoria na educação tem que ser a nossa prioridade.
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