segunda-feira, 11 de julho de 2011

Governo federal quer conter alta de preços dos fertilizantes

O governo federal quer aumentar a produção de fertilizantes no país como um instrumento para conter a alta nos preços do insumo. Feito à base de potássio, fosfato e nitrogenados, os fertilizantes tiveram reajustes acima de 100% nos últimos meses, tornando-se um dos principais fatores de pressão inflacionária no setor.

A intenção do governo federal é a de reverter um quadro de dependência externa, reduzindo de 75% para 25% do consumo a importação desse tipo de produto. Em relação ao potássio, contudo, o próprio governo admite que não há condições de o país tornar-se autossuficiente.

Técnicos do governo já haviam apontado a alta dos fertilizantes como um dos principais vilões no aumento do preço dos alimentos. Eles culpam a alta no preço dos fertilizantes e a concentração na produção dos mesmos - apenas quatro companhias controlam o mercado mundial - como um obstáculo a ser vencido, juntamente com o aumento no preço dos combustíveis.

O aumento do consumo de fertilizantes pelos produtores rurais mato-grossenses se deve, principalmente, ao cenário positivo observado na cultura do algodão. Além disso, a safrinha de milho também foi responsável pela alta no uso do insumo.

De acordo com os estudos, os fertilizantes se destacaram como os maiores encargos no custo de produção do milho e soja na safra 10/11. A participação dos fertilizantes, no custo de uma lavoura, variou entre 30% e 39% do valor desembolsado para produzir o cereal por hectare, ficando entre R$ 157,50 e R$ 315, de um custo total que varia de R$ 898 a R$ 1.283, dependendo do porte da propriedade.

Diário de Cuiabá

Nenhum comentário:

Postar um comentário