As manifestações que ocorreram nas ruas de todo o Brasil no último mês despertaram o país para uma força que há muito tempo vinha sendo desprezada. Falo aqui da força da sociedade organizada. Não foram poucas as vezes que citei aqui nesse espaço, e mesmo em pronunciamentos no plenário do Senado Federal, a necessidade da população usar esta capacidade de organização para atingir objetivos positivos para a coletividade.
Os caminhos para chegar a tais resultados são vários e passam sempre pelas vias democráticas. Passa pelo voto, pela decisão de escolher bem o seu candidato, de participar ativamente do processo eleitoral. Isso pode ser feito através da informação na imprensa, consultas e pesquisas na Internet, em discussões com amigos e parentes. Temos que deixar para trás aquele ditado que diz que política não se discute, pois não existe sociedade politizada sem discussão.
Mas não basta escolher o candidato. É preciso acompanhar sua atuação, seu trabalho. É preciso manter contato direto com o político, o seu representante, assim como com o partido. Buscar a sede do partido em sua cidade para reclamar, elogiar, vigiar e reivindicar. O partido deve representar o eleitor e é uma das ferramentas nas mãos da sociedade organizada.
Quando a sociedade age assim fica mais fácil manter o controle constante sobre aquilo que acontece na política, assim como no Poder Público. A sociedade ganha tempo e as suas conquistas tornam-se mais frequentes e mais coletivas.
Cabe ao político fazer prestação de contas, trabalhar de forma transparente e também buscar saber o que pensam os seus representados, os seus eleitores. Ao longo de meu mandato como senador tenho buscado fazer isso de forma constante.
Faço isso através dos meios de comunicação mais comuns, de meu escritório em Rondônia, através da internet, das redes sociais e de audiências abertas à coletividade.
Quantas boas soluções foram obtidas através dessa abertura! Recentemente, após uma audiência realizada em Jaru, tratando sobre agricultura, as pessoas que lá estiveram puderam falar de seu problema para ter acesso a financiamentos públicos devido à falta de título de propriedade da terra. Ainda no final do mesmo mês conseguimos, através de gestão junto ao Banco do Brasil, resolver esse problema.
Por isso que eu digo e repito: ao invés de falarmos sempre que "política não se discute", devemos dizer "é conversando que a gente se entende". E essa conversa deve ser sobre política, pois todos nós dependemos dessa importante ferramenta para a vida em coletividade. É disso que é feito a democracia.
Um bom final de semana para todos.
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