Em um momento em que a sociedade exige uma atenção especial para a saúde em todo o Brasil, fico muito feliz em anunciar que na última quinta-feira, no dia 11 de julho, foi confirmada a destinação de R$ 10,8 milhões para reforma, ampliação e construção de Unidades Básicas de Saúde em Rondônia. Esse dinheiro vai ser encaminhado pelo Ministério da Saúde, dentro do Programa Reequalifica, para 12 municípios de nosso Estado de Rondônia para beneficiar unidades básicas de saúde. Esses municípios são Candeias do Jamari; Campo Novo de Rondônia; Chupinguaia; Corumbiara; Ji-Paraná; Governador Jorge Teixeira; Machadinho do Oeste; Parecis; Pimenteiras do Oeste; Presidente Médici; Rio Crespo; e Santa Luzia do Oeste.
Algumas dessas Unidades Básicas de Saúde serão reformadas, outras serão ampliadas e outras ainda serão completamente construídas com esse dinheiro, que chega em um momento tão importante.
Esse anúncio foi feito, portanto, dois dias depois que fizemos solicitação direta ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para que encaminhasse recursos financeiros para o setor de saúde de nosso Estado. Por esse motivo é que aproveito aqui a oportunidade de agradecer ao ministro Alexandre Padilha pela agilidade com que o seu ministério está atendendo as necessidades de nosso Estado.
A primeira parcela desses quase 11 milhões de reais, para atender 12 municípios de Rondônia, deverá ser liberada já no meio de agosto, 30 dias, portanto, após a publicação no Diário Oficial da Portaria 1.380, que fez o anúncio da destinação para o Programa Requalifica. Esperamos que até o final do ano essas obras estejam concluídas e isso possa contribuir de forma bastante positiva para o aumento da qualidade de vida de nossa população
A nossa população, senhor presidente, vem passando por muitas dificuldades no setor da saúde pública e isso não é segredo para ninguém. Tanto isso é verdade que a presidenta Dilma Rousseff lançou, na semana passada, um plano de ação para aumentar o número de médicos no Sistema Único de Saúde, o SUS, com médicos brasileiros e estrangeiros que deverão trabalhar juntos com o foco exclusivo no tratamento de nossa população, principalmente a mais carente.
A saúde pública em nosso Estado, assim como em todo o Brasil, sofre com a falta de estrutura, falta de médicos e aumento da população a ser atendida. Aparelhar os municípios do interior com Unidades Básicas de Saúde é uma estratégia inteligente para reduzir a demanda por atendimentos nas maiores unidades hospitalares de nosso Estado.
O governo federal utiliza essa estratégia, ajudando na construção, reforma e ampliação dessas unidades, assim como o governo do Estado também vem atuando da mesma forma. Prova disso é que, nos últimos 5 anos, o total de equipamentos de saúde teve alta de 72% no Brasil, o número de leitos hospitalares subiu 17% e o de estabelecimentos de saúde, 45%? Enquanto isso a oferta de médicos cresceu apenas 13%. Ou seja, faltam profissionais de saúde.
Procuramos durante o nosso mandato agir com o mesmo propósito. Durante muito tempo tivemos em Rondônia aquilo que chamavam de “saúde de ambulância”, com pacientes de cidades no interior sendo transportados pelas estradas em busca de tratamento na Capital.
Recentemente o governo do Estado destinou 3 milhões e meio de reais na criação de uma clínica de diálise em Ariquemes, a mesma cidade para onde destinei 16 milhões de reais para a construção do hospital regional.
Em 2011 inauguramos o Hospital São Daniel Comboni, em Cacoal, cidade que já era atendida pelo Hospital Regional mantido pelo governo do Estado. O complexo hospitalar, o maior do interior de Rondônia, contou com investimentos superiores a 80 milhões de reais.
No ano passado, o governo do estado colocou em funcionamento o hospital de São Francisco, com três alas e 34 leitos, dois centros cirúrgicos, duas enfermarias, uma pediátrica e uma sala para obstetrícia. O governo investiu 2,1 milhões de reais na fase de conclusão na fase de conclusão e na compra dos equipamentos. A estrutura foi toda equipada e 140 profissionais contratados para atender a demanda na região.
Na capital, também no ano passado, tivemos a alegria de ver inaugurado o Hospital do Câncer de Barretos em Porto Velho. Foi um investimento de cerca de 4 milhões de reais, onde 3 milhões de reais são oriundos do governo e 1 milhão de reais da iniciativa privada para colocar em funcionamento uma unidade com capacidade para atender 1.800 pessoas por mês. Estamos lutando para instalar uma unidade de diagnóstico do Hospital para a cidade de Ji-Paraná, a fim de agilizar o atendimento das cidades do centro do Estado.
Mais recentemente, no mês de maio, conseguimos liberar quase 700 mil reais do Fundo Nacional de Saúde para o Hospital Santa Marcelina, em Porto Velho, que destinou os recursos para compra de equipamentos. A casa de saúde tem 100 leitos, atende mais de 800 pacientes por mês e é referência nos tratamentos ortopédicos e de média complexidade.
Essas conquistas na área de saúde têm ajudado a fazer uma distribuição melhor do atendimento hospitalar no estado. Mas ainda não temos uma situação que pode ser considerada adequada para a nossa população.
A nossa capital ainda sofre um afunilamento nos atendimentos, que ainda sobrecarregam os seus dois maiores hospitais, que são o João Paulo Segundo e o Hospital de Base. Em conversa recente com o prefeito Mauro Nazif, que é médico e entende de saúde mais do que ninguém, ele explicou que a cidade vive hoje uma expansão de sua infraestrutura de saúde. Na última sexta-feira, inclusive, o Ministério da Saúde liberou recursos para a construção de 4 Unidades Básicas de Saúde. Aproveito aqui a oportunidade para agradecer ao Ministro Padilha por esse dinheiro, mas, citando o próprio prefeito, a cidade vai ter dificuldades para montar as equipes necessárias para atender nessas unidades.
Porto Velho hoje conta com duas Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, que ajudam a desafogar os João Paulo e o Hospital de Base, mas tem 3 Unidades Básicas de Saúde fechadas por falta de pessoal. Na semana passada a prefeitura conseguiu abrir uma unidade, que precisa de cerca de 15 profissionais de saúde para funcionar, mas isso está sendo feito à base de rodízio de pessoal.
Na região dos distritos de Porto Velho o problema é o mesmo. Uma UPA está sendo construída em Jacy-Paraná, mas ainda existe a dúvida sobre a capacidade de formar uma equipe para o local, que hoje conta com uma Unidade Básica que atende Jacy, assim como Extrema, Nova Califórnia e região.
O município tem profissionais da saúde que já foram aprovados em concursos realizados em 2011 e 2012, mas não consegue nomear essas pessoas por falta de recursos.
A MP que regula o Programa Mais Médicos, do governo federal, precisa ser aprovada o quanto antes, para que esse problema, que atinge praticamente todo o interior e periferias do Brasil, possa ser combatido, mas eu solicito desde já uma atenção especial em caráter de urgência para o estado de Rondônia, que é um dos estados brasileiros com a pior proporção de médicos por habitante em todo o Brasil.
Já me comprometi diante de toda a população do meu Estado a lutar pela saúde em Rondônia e não vou desistir dessa missão. Por esse motivo vou solicitar uma audiência com o ministro Alexandre Padilha para, o quanto antes, buscarmos uma solução para que o estado e a capital possam fazer uso total de sua infraestrutura da área da saúde, a fim de garantir melhor qualidade de vida para toda a nossa população.
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