É muito importante destacar a relevância da passagem oficial da presidenta Dilma na Europa, como um marco do papel do Brasil no cenário internacional. Apesar de todas as desigualdades que vivemos ainda hoje no País, o Brasil já tem, devido às suas reservas cambiais, capacidade de participar de forma ativa do esforço contra a crise.
Nesta semana, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, afirmou que o governo tem ferramentas para enfrentar a crise econômica mundial, caso ela venha nos ameaçar por aqui: “Temos muito armamento guardado, muita munição, que pode ser usada em caso de necessidade. E vamos preferir usar mais instrumentos monetários que fiscais”.
Essa munição, segundo Mantega, são os juros altos e a pesada carga tributária brasileira. Podemos baixar os juros e reduzir impostos. Temos essa “gordura” para queimar.
O resultado tem um grande potencial. Poderia dar início a uma nova fase de desenvolvimento, alavancando o país para a redução das diferenças sociais que tanto nos aflige hoje em dia.
A queda nos juros promovida pelo governo federal resultaria em maior oferta de recursos financeiros para o cidadão e para as empresas. Isso significa dinheiro mais barato tanto para quem compra quanto para quem produz e vende.
Com a redução de impostos, principalmente no setor trabalhista, os salários ganhariam não apenas em poder de compra como também em volume. Sobra dinheiro também para que o empresário possa investir no aumento de sua produção, para atender a demanda que aumentaria junto com o poder de compra do trabalhador.
Essas duas ações são fundamentais para impedir que o simples aumento do poder de compra não provoque uma onda inflacionária, em conseqüência da incapacidade do mercado de atender a demanda.
Por isso a necessidade de não apenas reduzir os juros, mas também o peso da carga tributária sobre os empreendedores do Brasil.
Essa medida, apontada pelo governo federal como uma espécie de carta na manga para enfrentar a crise mundial, deveria deixar de ser apenas uma medida de exceção para se transformar em regra.
Quarta-feira, 5 de outubro, foi o Dia da Micro e Pequena Empresa. Data importante para destacar a importância de medidas como essas, assim como a capacidade do Brasil de tomá-las o quanto antes.
A presidenta Dilma Rousseff ouviu na Europa, de líderes mundiais, a confirmação da capacidade brasileira de se tornar um personagem de grande importância para a retomada econômica mundial, devido a nossas reservas cambiais, que neste mês de setembro superaram as saídas em US$ 8,484 bilhões, segundo dados do Banco Central, divulgados esta semana.
Não se encaixa mais com o Brasil uma política econômica que faça recair sobre a produção um peso excessivo de impostos, tão pouco incidir sobre a população e aos empreendedores a limitação imposta pelo alto custo de financiamentos.
É o momento correto para confirmar o poder que o governo tem sobre a economia nacional, fazendo a gestão de desenvolvimento com menor carga tributária, mais incentivo à produção e mais justiça social.
Um bom final de semana para todos.