Planejando o amanhã
Porto Velho, aos 97 anos, mostra um novo vigor para Rondônia. A cidade deixa para trás seu histórico de ciclos econômicos pautados no oportunismo do extrativismo (como o ciclo do ouro) e vem consolidando uma visão calcada em uma economia auto sustentada. O papel das obras das usinas do Rio Madeira foi fundamental em toda essa história, e pode ser considerado, em um futuro bem próximo, como um verdadeiro divisor de águas na trajetória portovelhense. O município é hoje bastante diferente da Porto Velho que comemorava aniversários de 94 ou 95 anos, tamanho o salto que deu nos últimos dois a três anos.
Isso é possível de ser averiguado em suas ruas, na sua população, na pujança econômica. Quem chega hoje à Capital de Rondônia vivencia uma experiência diferente daquele que viveu quem chegou há poucos anos. Muita coisa mudou e muita coisa ainda vai mudar. E tem muito espaço para isso.
As empresas que chegaram à região para integrar os consórcios que constroem as usinas de Jirau e Santo Antônio promoveram uma verdadeira revolução na cidade. Milhares de empregos surgiram, e foram reforçados com as vagas oferecidas por outras iniciativas privadas que enxergaram em Porto Velho o terreno fértil para sua expansão. Faltou gente para trabalhar e lideranças e autoridades correram atrás para gerar a qualificação necessária para a ocupação de vagas.
Mas isso tudo é um processo contínuo, que não pode ser esquecido na virada de mais um aniversário da Capital. Assim como vieram as oportunidades criadas com as maiores obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) colocadas em prática em todo o país, elas poderão realmente ir embora, caso Porto Velho e Rondônia, como um todo, deixem escapar por entre seus dedos esse momento histórico.
As obras das usinas não continuarão para sempre e já se fala em uma legião de desempregados quando os trabalhos começarem a ser concluídos (mais rápido do que se planejava). Não acredito nisso. Creio realmente no potencial de nossa gente e na percepção de nossos empreendedores e empreendedoras. Isso é crer numa economia auto sustentada, que se fomente e se estimule, por si própria. Isso é possível? Claro que é.
Mas tudo isso requer planejamento. Estar um passo a frente do próprio tempo, a frente dos acontecimentos. Inúmeras oportunidades surgiram nesta nossa aniversariante nos últimos anos, e uma delas foi a expansão de sua população. Mais gente não significa apenas mais demanda de consumo, mas também quer dizer que temos hoje um potencial maior de recursos humanos para o trabalho. É hora de estimular o desenvolvimento de nossa força de trabalho em áreas que hoje possam estar acomodadas ou insipientes, apenas no começo. Apostar na economia pautada no conhecimento, na alta qualificação profissional, na industrialização das matérias primas que o estado, por vocação histórica, produz.
Ou seja, é tempo de debater o futuro de Porto Velho, de mostrar suas potencialidades para investidores externos e semear ao máximo a nossa força de trabalho com educação de forma direcionada, planejada. Esse é o nosso amanhã, e ele já começou ontem. Um bom final de semana para todos, e nossos cumprimentos para Porto Velho e todos os portovelhenses.
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