Na sexta-feira, no plenário do Senado, fiz pronunciamento alertando para o risco de o País enfrentar “um apagão estrutural” com o atraso nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Os maiores percalços estão nas áreas de transporte e saneamento.
Na área de saneamento, estudo do Instituto Trata Brasil detectou a conclusão – em dezembro de 2011 - de apenas 7% das 114 obras de coleta e tratamento de esgoto previstas para municípios com mais de 500 mil habitantes. Esse levantamento revelou ainda paralisação ou atraso em 60% desses projetos, orçados em R$ 4,4 bilhões.
A Ferrovia Norte/Sul contabiliza um atraso de 54 meses, a Ferrovia de Integração Centro Oeste, que ligará Goiás aos Estados de Mato Grosso e Rondônia, que ainda não iniciou, contabiliza um atraso de 12 meses.
Até mesmo as duas usinas do Madeira, que estão adiantadas, correm o risco de atrasarem por conta do atraso na restauração da BR-364, que liga Rondônia e o Acre ao Centro do País, e por onde passam todas as peças, materiais e equipamentos para a construção das usinas hidrelétricas.
Meu alerta é o de que precisamos acelerar as obras do PAC sob o risco de enfrentarmos um apagão estrutural e de aumentarmos ainda mais o processo de desindustrialização de nossa economia.
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