segunda-feira, 21 de maio de 2012

Acir cobra mais investimentos na infraestrutura de Rondônia



Além de abordar a infraestrutura ferroviária e hidroviária na Comissão de Agricultura, o senador Acir Gurgacz apontou no plenário do Senado, a situação, as necessidades e o que está sendo feito em termos de infraestrutura em Rondônia. Acir cobrou a restauração da BR-364, a modernização do porto de Porto Velho e da hidrovia do Madeira, a construção da ferrovia de Porto Velho a Vilhena, bem como investimentos na infraestrutura humana, como em educação e qualificação profissional.

Acir Gurgacz lembrou que a licitação para a reforma da BR-364 já está em andamento, mas pediu que o Ministério dos Transportes acompanhe o processo com rigor para que não haja mais atrasos.

“Sempre defendi a completa restauração dessa rodovia, e não uma operação tapa-buracos como está sendo feita hoje. Para tanto, incluímos recursos no Orçamento Geral da União para que o governo pudesse realizar as obras necessárias. Conquistamos a travessia urbana de Ji-Paraná, mas a restauração completa da rodovia é uma dívida que o governo federal tem com o nosso Estado”, afirmou Gurgacz.

Ao mesmo tempo em que defendeu a urgência dessas obras, Gurgacz disse que a “alternativa concreta” para desafogar a BR-364 é a construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste, para ligar Goiás a Mato Grosso e Rondônia.

“Essa ferrovia permitiria economia de custos e de tempo nas exportações para os mercados asiáticos e os países do Pacífico”,  argumentou.

TRANSPOSIÇÃO DE SERVIDORES

O senador também pediu mais rapidez na transposição de funcionários públicos do ex-território de Rondônia para os quadros da União. Ele afirmou que isso “é um direito histórico dos servidores que ajudaram a construir o estado”.

Gurgacz também avaliou que a medida resultará em uma economia para Rondônia de cerca de R$ 30 milhões ao ano. Ao lembrar que a mudança foi aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, Gurgacz solicitou que o Ministério do Planejamento publique em breve as regras para a realização da transposição.

“A transposição dos servidores do ex-Território de Rondônia para os quadros da União terá tem um impacto positivo no Estado. Além de um direito histórico dos servidores que ajudaram a construir nosso Estado, ela trará uma economia de recursos para o Estado, da ordem de 30 milhões de reais/ano. É um dinheiro que poderá ser investido em ações e projetos estruturantes nas áreas de saúde, educação e apoio ao pequeno produtor rural”, disse.


ICMS DA ENERGIA

Outro tema abordado pelo senador foi o do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) relacionado à energia elétrica. Ele recordou que a maior parte da energia a ser gerada pelas usinas de Jirau e Santo Antônio, ambas em construção em Rondônia, será direcionada às regiões Sul e Sudeste. E, como resultado, a maior parte do ICMS resultante da comercialização dessa energia também ficará nessas regiões.

– Ficará no destino, ou melhor, nos estados compradores, e não no estado que gera a energia – protestou, acrescentando que “Rondônia tem de participar da receita”.

O senador informou a tramitação no Congresso de uma proposta de emenda à Constituição de sua autoria que trata dessa questão no âmbito do chamado pacto federativo.
“Não podemos ser apenas o Estado gerador da energia, temos que participar da receita dos tributos gerados. Sabemos que enfrentaremos problemas no futuro, por isso, precisaremos destes recursos”, salientou Acir.

Como exemplo de impacto não previsto, ele citou a paralisação das atividades no Porto Organizado de Porto Velho por conta de correnteza e ondas no rio Madeira, possivelmente provocadas pelas usina de Santo Antônio.

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