A necessidade de
ampliação do acesso às novas tecnologias para o pequeno agricultor familiar, por
meio da assistência técnica e crédito, com o apoio e investimentos do governo
federal, foi uma cobrança unânime dos debatedores do seminário do ciclo de
palestras da Comissão de Agricultura do Senado Federal, que ocorreu nesta sexta-feira,
25, em Ji-Paraná, na feira de tecnologias e oportunidades, a Rondônia Rural
Show.
Parte dessa
cobrança foi respondida de pronto pelo vice-presidente do Banco do Brasil,
Osmar Dias, que anunciou a abertura de crédito para a revitalização de áreas degradadas
de pastagens, café e cacau, dentro do programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC),
que prevê a integração das lavouras e da pecuária com a floresta.
Segundo Osmar
Dias, os pequenos agricultores do segmento familiar poderão captar até R$ 130
mil, e os médios e grandes agricultores até R$ 1 milhão. O financiamento poderá
ser pago em um prazo de até 12 anos, com uma carência de até três anos para o
início do pagamento, ou a partir do corte das árvores por meio de manejo florestal
sustentável. Esta linha de crédito estava aberta apenas para apenas para a
recomposição florestal, e agora será foi estendida para a recuperação das
lavouras e pastagens. Desde julho de 2011, foram liberados cerca de R$ 750
milhões para esta finalidade em todo o País.
O
vice-presidente do Banco do Brasil anunciou também a abertura do seguro para a
safra do café, que estará disponível a partir do dia 1º de julho. Segundo Osmar
Dias, o agricultor poderá fazer o seguro de até 80% de sua produção estimada
para o ano para não ficar no prejuízo em caso de seca, chuvas ou outras perdas.
O senador Acir
Gurgacz, presidente da Comissão de Agricultura, agradeceu o apoio do
vice-presidente do Banco do Brasil, e dos Ministérios da Agricultura, do
Desenvolvimento Agrário e da Pesca, que junto com a secretaria de Estado da
Agricultura estão possibilitando a implementação de políticas integradas para o
desenvolvimento da agricultura rondoniense.
“A modernização
de nossa agricultura familiar depende de políticas públicas integradas que
assegurem assistência técnica direta ao produtor, com tecnologias adaptadas
para cada região, educação, qualificação da mão-de-obra, eletrificação no
campo, boas estradas e crédito rural, e isso estamos conseguindo viabilizar com
esse alinhamento entre o governo federal e o governo do Estado, e com o apoio
da Comissão de Agricultura do Senado”, frisou Acir.
Os senadores
Valdir Raupp e Ivo Cassol, que também participaram do seminário, também
destacaram o trabalho da Comissão de Agricultura do Senado e a importância do
trabalho que a bancada federal vem realizando em favor da agricultura. “Nosso
estado tem vocação agrícola e por isso ter um senador de Rondônia na presidência
da Comissão de Agricultura é muito importante para o Estado”, frisou Raupp.
A senadora Ana
Amélia, do Rio Grande do Sul, disse que ficou surpresa com a feira de inovação
tecnológica e destacou a importância dos investimentos no setor. “Somente com
investimentos em tecnologia e com políticas públicas que aumentem a capacidade
produtiva da agricultura familiar é que vamos reduzir a pobreza no meio rural,
evitar o êxodo para as cidades e conquistar a marca de maior produtor mundial
de alimentos”, disse Ana Amélia.
O secretário de
Estado da Agricultura, Anselmo de Jesus, disse que um exemplo de que o governo
do Estado está investindo em tecnologia e assistência técnica e a própria
realização da Rondônia Rural Show. “Nestes quatro dias de feira vamos
apresentar tudo o que queremos levar o ano inteiro
para os nossos agricultores e com isso promover uma grande transformação no
campo”, salientou Anselmo.
Os representantes
do Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento
Agrário, Francisco Cezar Jardim, e Marco Antônio Lopes, respectivamente,
apresentaram as ações do governo federal e os convênios que possuem com o
Estado de Rondônia. “Investir na agricultura rondoniense é uma prioridade
estratégica para o governo federal, que terá que aumentar em 40% a produção
agrícola nos próximos 20 anos”, disse Jardim.
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