Enquanto a reconstrução da rodovia não sai, o esforço será pela
manutenção das condições de trafegabilidade da rodovia
Algumas pontes já foram recuperadas pelo contrato de manutenção do Dnit |
Nos 400 quilômetros do meião da
rodovia, o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), já
liberou a maior parte do trecho. Em julho deste ano, o Ipaam concedeu com
autorização do Ibama, licença ambiental para a realização dos serviços de
manutenção em um trecho de 82 quilômetros, que começa no Km 432, no rio Tupanã,
até o Km 514 no rio Igapó-Açu, além de um trecho de 142 quilômetros da BR-230,
conhecida como Transamazônica, na região do Igarapé Piquiá, que cruza com a
BR-319 no município de Humaitá.
O Ipaam tenta a concessão de licença
para um trecho de 80 quilômetros que está localizado dentro de uma unidade de
conservação. “Nós precisamos da anuência do Ibama e do ICMBio e só depois disso
é que poderemos emitir a licença ambiental. Já foi enviado ofício a esses
órgãos e esperamos que em duas semanas já tenhamos uma resposta sobre o
licenciamento para essas obras de manutenção. A restauração da estrada é
diferente. Precisa de estudo de impacto ambiental que é conduzido pelo Ibama”,
detalhou João Paulo Vieira de Oliveira, representante do Ipaam que participou
da diligência.
Analista ambiental do Ipaam, João Paulo Vieira de Oliveria (camisa verde) explica processo de licenciamento para manutenção da rodovia |
O senador Acir Gurgacz destaca
que, no Senado Federal, está trabalhando agilizar os estudos e procedimentos
ambientais, técnicos e burocráticos relacionados à esta obra. “Além desta
diligência, já realizamos audiências públicas nas Comissões de Infaestrutura,
de Meio Ambiente, e de Agricultura no sentido de obtermos informações mais
precisas do governo. Aprovamos requerimento com pedido de informações aos
Ministérios dos Transportes e do Meio Ambiente e obtivemos o compromisso da
ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, de que promoverá uma
força-tarefa no governo para articular e integrar as ações no sentido de
viabilizar a recuperação da rodovia”, frisou Acir.
O senador ressaltou que, com a
BR-319 recuperada, será possível levar os produtos agrícolas para mercados de
Manaus com preço mais baixo, diminuindo o custo de vida de quem vive no
Amazonas e em Roraima e aumentando a renda dos produtores rondonienses. Para o
parlamentar, a reconstrução da estrada, ao invés de promover destruição
ambiental, ajudaria na repressão ao desmatamento ilegal.
Técnicos do Dnit e da EPL discutem com senador situação e projetos de recuperação da rodovia |
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