Porto Velho em cena de poluição |
Na semana passada foi lançado o livro “Saúde e Meio Ambiente: o desafio das metrópoles” do professor Paulo Saldiva, um estudioso dos efeitos da falta de planejamento de transportes e ambiental nas zonas urbanas. Ouvi a divulgação do lançamento através da rádio CBN e fiquei impressionado com alguns dados destacados na publicação, resultado do trabalho de pesquisa do professor. Saldiva é professor titular de Patologia da Faculdade de Medicina da USP e membro do Comitê da OMS que definiu os novos padrões de qualidade do ar. Ele afirma que em São Paulo a poluição do ar vem matando mais do que Aids e tuberculose juntas – um total de mais de 11 mil mortes por ano na capital e na região metropolitana.
Os dados assustam muito, afinal de contas, mais de 80% da população brasileira hoje vive em zonas urbanas, cidades movimentadas, cheias de veículos queimando combustíveis e jogando uma grande quantidade de poluição no ar. O autor do livro diz que na cidade de São Paulo a poluição do ar custa, considerando as internações no SUS, de 180 a 200 milhões de reais por ano. Se multiplicar esse valor por três, ou seja, cerca de 600 milhões de reais, você chega ao número do SUS somado ao das redes conveniadas. Se contabilizar a mortalidade precoce, que contabiliza a perda do valor de anos produtivos, esse custo ultrapassa 2,5 bilhões de reais. Isso tudo, somente na cidade de São Paulo.
Já passou da hora do Brasil rever a sua política de transporte público. Precisamos encontrar uma nova fórmula que privilegie o conforto e a saúde da população. Em Brasília, há poucos dias, intermediei uma reunião entre a Volvo e o Ministério da Ciência e Tecnologia, na qual a empresa apresentou projeto de um ônibus com motorização híbrida, funcionando com eletricidade e biodiesel. É uma forma de enfrentar o problema.
Defendi esta semana, no Senado, a melhoria dos serviços do Estado para o cidadão, e o transporte coletivo é um item importante. Com um sistema eficiente, econômico, seguro e confortável, reduziremos a quantidade de automóveis particulares circulando pelas ruas. E não devemos pensar que isso deva acontecer apenas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Porto Velho já teve mostras de sobra de como é conviver com uma forte poluição, nas épocas de queimada, quando a população sofre de verdade com a atmosfera pesada e poluída. Muita gente vai parar nos hospitais por causa disso.
Não precisamos nem devemos esperar que a situação fique crítica para depois tomar as medidas para resolver o problema. Não precisamos deixar o problema acontecer. O livro do professor Paulo Saldiva pode servir de alerta para as nossas autoridades, um meio de apontar a situação crítica de nossas cidades e as formas mais eficientes de evitar que essa realidade se espalhe para outras regiões do País.
Mas a população brasileira, seja de São Paulo ou de Rondônia, precisa passar por essa tomada de consciência de que todo esforço conta para mudanças de paradigmas ligados a transporte que acabam refletindo na saúde e na qualidade de vida de todos nós.
Um bom final de semana para todos.
Os dados assustam muito, afinal de contas, mais de 80% da população brasileira hoje vive em zonas urbanas, cidades movimentadas, cheias de veículos queimando combustíveis e jogando uma grande quantidade de poluição no ar. O autor do livro diz que na cidade de São Paulo a poluição do ar custa, considerando as internações no SUS, de 180 a 200 milhões de reais por ano. Se multiplicar esse valor por três, ou seja, cerca de 600 milhões de reais, você chega ao número do SUS somado ao das redes conveniadas. Se contabilizar a mortalidade precoce, que contabiliza a perda do valor de anos produtivos, esse custo ultrapassa 2,5 bilhões de reais. Isso tudo, somente na cidade de São Paulo.
Já passou da hora do Brasil rever a sua política de transporte público. Precisamos encontrar uma nova fórmula que privilegie o conforto e a saúde da população. Em Brasília, há poucos dias, intermediei uma reunião entre a Volvo e o Ministério da Ciência e Tecnologia, na qual a empresa apresentou projeto de um ônibus com motorização híbrida, funcionando com eletricidade e biodiesel. É uma forma de enfrentar o problema.
Defendi esta semana, no Senado, a melhoria dos serviços do Estado para o cidadão, e o transporte coletivo é um item importante. Com um sistema eficiente, econômico, seguro e confortável, reduziremos a quantidade de automóveis particulares circulando pelas ruas. E não devemos pensar que isso deva acontecer apenas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Porto Velho já teve mostras de sobra de como é conviver com uma forte poluição, nas épocas de queimada, quando a população sofre de verdade com a atmosfera pesada e poluída. Muita gente vai parar nos hospitais por causa disso.
Não precisamos nem devemos esperar que a situação fique crítica para depois tomar as medidas para resolver o problema. Não precisamos deixar o problema acontecer. O livro do professor Paulo Saldiva pode servir de alerta para as nossas autoridades, um meio de apontar a situação crítica de nossas cidades e as formas mais eficientes de evitar que essa realidade se espalhe para outras regiões do País.
Mas a população brasileira, seja de São Paulo ou de Rondônia, precisa passar por essa tomada de consciência de que todo esforço conta para mudanças de paradigmas ligados a transporte que acabam refletindo na saúde e na qualidade de vida de todos nós.
Um bom final de semana para todos.
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