terça-feira, 12 de abril de 2011

Homenagem ao meu amigo Eduardo Valverde

No dia 11 de março deste ano Rondônia se despediu de meu amigo Eduardo Valverde. Professor, auditor fiscal do Trabalho, graduado em direito, administrador, ex-oficial da Marinha Mercante, ex-deputado, chegou a ser diplomado senador em 2001, Eduardo Valverde era um homem de múltiplos talentos e de uma integridade única. Pai de família, defensor de minorias, nasceu no Rio de Janeiro em 1957 filho de Vanderval Araújo Alves e Cecília Ansel Valverde. Foi, assim como muitos de nós, adotado gentilmente pelo Estado de Rondônia, e a ele se dedicou incansavelmente. Foi candidato ao governo do Estado no ano passado, quando licenciou-se do mandato de Deputado Federal, na Legislatura 2007-2011.

Valverde era um homem de temperamento tranqüilo, de fala mansa e acadêmica. Gostava de ensinar, de deixar claro seus pontos de vistas. Era um político que tinha muito a oferecer para Rondônia e para o Brasil. Por isso, nesta homenagem, não quero falar do passado de Eduardo Valverde. O passado ficou para trás e comprova todos os valores deste homem, que citei agora.
Quero falar do futuro que Valverde ansiava, com o qual sonhava e queria para nosso Estado. Acredito realmente que falar desse futuro específico estaremos contribuindo mais para que seu sonho passe a ser também o sonho de outras pessoas... o sonho de todos nós.
Por isso quero citar aqui algumas palavras dele, citadas à imprensa e por isso imortalizadas. Palavras que ele utilizou para descrever como via Rondônia nos próximos 10 anos:

“Vejo uma Rondônia industrial, comercializando com os países latino-americanos, principalmente a Bolívia, Peru, Equador e a Venezuela... Vamos escoar produtos para todos os lados, norte e sul. O Estado será cortado por uma infraestrutura de transporte, facilitando a integração latino-americana e abrindo o Brasil para o mercado asiático”.

Mas ele sabia que Rondônia não precisa apenas de desenvolvimento econômico. Ele sabia muito bem que o desafio de aprimorar o nosso Índice de Desenvolvimento Humano é algo que deve acompanhar par e passo os esforços pelo crescimento material. Por isso dizia:

“O problema de segurança pública é a nossa principal deficiência”, explicava. Para ele, era preciso também dedicar maior atenção à saúde, e para isso ele sonhava com a regionalização do atendimento.
Ele era taxativo ao descrever como via a forma de Rondônia romper com seus problemas estruturais, e dizia assim:

“Precisamos de uma proposta com visão de futuro, vislumbrando o crescimento econômico para o Estado, com idéias para melhorar o setor comercial, potencializar a pecuária, a agricultura e toda a economia, sem perder os investimentos.
Precisamos ainda dialogar com as comunidades indígenas e quilombolas para inseri-las de vez no espaço rondoniense.
Precisamos fazer um trabalho com os camponeses para dar suporte a eles na área rural e capacitar mão de obra e gerar emprego para a nova fase urbana e industrial de Rondônia, que está por vir”.

Faço nossos os sonhos e a forma de pensar de Eduardo Valverde. Desejamos uma Rondônia como a que ele idealizou e soube verbalizar o caminho para chegar lá.
Concordamos com a valorização das minorias, com o respeito ao ser humano e com sua visão econômica. Um homem de múltiplos talentos mas um único anseio: - ver a sociedade crescendo junto com ele, se desenvolvendo de forma igualitária e com senso comum.
É um bom sonho a ser sonhado, esse de meu saudoso amigo Eduardo Valverde.

Recomendo esse sonho para todos nós. E que esse sonho se espalhe por todo o Brasil.

Um comentário:

  1. Acir, por mais paradoxal que pareça devo parabenizar-te pelo artigo.
    Tive a oportunidade de conhecer Valverde que, aliás, frequentava muito a minha residência (oportunidade em que morei em Ji-Paraná)e onde, em longos papos falávamos sobre o desenbvolvimento de Rondônia e, sobretudo, sobre a Política rondoniense. Tudo isso regado a um bom vinho com tiragosto de queijo.
    Fiquei chocado quando soube do acidente.
    Grande abraço Senador.
    (Quando vires à Curitiba me procure. Gostaria de conversar contigo)
    Atenciosamente
    João Batista do Lago

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