terça-feira, 30 de novembro de 2010

Providências para o combate ao narcotráfico



Parabenizo o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto por se pronunciar ontem mesmo sobre o interesse de desenvolver um plano de segurança de fronteiras para combater o crime organizado na região, desenvolvendo ações conjuntas e desenvolver a cooperação entre os países, como intercâmbio de inteligência, divisão de pessoas e mapeamento do crime organizado na região de fronteira.
O próprio ministro afirmou ontem que “Chegou a hora da América do Sul ter um plano integrado, que permita a região combater um problema que vitimiza todos os países e encontrar uma solução conjunta. Todos os técnicos apontam que é impossível o patrulhamento físico dessa fronteira. A melhor maneira de combater isso é com integração e um sistema lógico de cooperação”.
Esse anúncio do ministro Barreto foi feito após reunião com o ministro de Governo da Bolívia, Sacha LHORENTI, que abriu a retomada das reuniões da Comissão Mista de Enfrentamento ao Narcotráfico, para avaliar novas maneiras de combater os crimes de fronteira, principalmente o tráfico de armas e de drogas.

Reunião para avaliar o relatório da reforma do Código de Processo Civil

Nessa terça-feira, na 14a reunião da Comissão Temporária destinada a encaminhar o projeto de lei do Senado número 166, de 2010, que reforma o Código de Processo Civil. Em pauta  a apreciação do relatório final apresentado pelo senador Valter Pereira.

Visita de João Testa

Recebemos nesta terça-feira, no início da tarde, a visita do prefeito de Itapuã D´Oeste, João Testa.
O prefeito veio conversar conosco e fazer solicitação de liberação de recursos para a construção de uma rodoviária no município. A solicitação já está sendo encaminhada.

Publicações disponíveis para download

Você já pode obter as publicações do senador Acir Gurgacz  pelo  correio. É muito simples. Basta enviar sua solcitação para o email: imprensa.acir@senado.gov.br, informando o nome, endereço, CEP e qual a publicação que deseja receber. Dowloads das publicações também já estão disponíveis no site: www.acirgurgacz.com.br

100 anos da Comissão Rondon

Por uma Amazônia sustentável

Saúde sempre, drogas jamais

Patriotismo


Reserva Legal

Atividades Parlamentar 2010



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fronteiras

Precisamos ativar já o Pefron em todas as fronteiras críticas do Brasil. Rondônia, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, por exemplo, são regiões bastante frágeis. Entram armas e drogas no País, e isso tudo vai parar nos grandes centros. Rondônia sofre com esse problema.
O Pefron, programa de policiamento especializado de fronteira, ao meu ver está subdimensionado e requer mais equipamentos e apoio das Forças Armadas.

Sugestões de ação imediata

Sugiro uma reunião imediata entre o Ministério da Justiça os secretários de segurança entre os Estados que têm situação de fronteira mais crítica, como Rondônia, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e outros, para implementar o Pefron, que a meu ver está subdimensionado, levando-se em conta o poderio bélico do crime organizado.
Sugiro também uma reunião imediata entre a ABIN, Itamaraty, Ministério da Justiça e Casa Civil para fazer a gestão de estudos de convênios de ação de nossas forças federais em conjunto com países fronteiriços. Isso é fundamental.

Registro aqui também uma homenagem especial ao senhor Luiz Eduardo Soares, ao diretor de cinema José Padilha e ao roteirista Bráulio Mantovani, responsáveis não apenas por um fenômeno de bilheteria do cinema nacional, mas também por um visível fenômeno social que está mudando, efetivamente, as relações entre a polícia e a sociedade, como foi bem apontado pela revista Veja há 3 semanas atrás.

Pronunciamento sobre o combate ao crime organizado

O Rio de Janeiro está de parabéns, o Brasil está de parabéns. As ações deflagradas pelas polícias militar e civil daquele Estado, assim como também das Forças Armadas brasileiras e da Polícia Federal, foram exemplares. Vimos um conjunto de forças de segurança atuando juntas para retaliar uma série de atentados terroristas realizados pelo narcotráfico. Atuando juntas, senhor presidente, como nunca havia se visto antes.
Na sexta-feira, quando mais de 2 mil homens das forças do Estado brasileiro cercaram o Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro, muita gente em todo o Brasil temia que fosse ocorrer um banho de sangue.
A situação era sem precedentes, de uma tensão incomum. Policiais do Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio de Janeiro estavam em ação há dias, sem dormir, sem voltar para casa. Fuzileiros navais, paraquedistas do Exército, Policiais Federais e agentes civis formavam um cerco inexpugnável e estavam prontos para invadir o morro, caso os soldados do narcotráfico não aceitassem a proposta do Estado, que era inegociável: A RENDIÇÃO INCONDICIONAL.
Não foi apenas o Brasil que ficou com os olhos voltados para o Rio de Janeiro, senhoras e senhores senadores. O mundo ficou atento ao que poderia ter sido um desfecho mortal. Afinal de contas, além de cerca de 600 criminosos, cerca de 400 mil pessoas moram, infelizmente, naquele complexo de 16 favelas. Famílias inteiras que já vivem reféns de uma situação de terror, mas que poderiam se tornar de fato reféns, escudos humanos, nas mãos daqueles narco-terroristas.
As forças do Estado foram irredutíveis, negando-se a oferecer, aos criminosos, algo além da prisão ou os riscos do enfrentamento em combate. O líder do grupo AfroReggae (afrorégui), José Júnior, que há anos desenvolve trabalho de cidadania nas comunidades carentes naquela cidade, foi chamado pelos próprios traficantes para tentar negociar uma saída para a crise. Ele foi para o Complexo do Alemão, lugar onde estava jurado de morte, e encontrou um bando de criminosos assustados, desesperados, dispostos a fazer qualquer coisa para não serem presos. Apesar disso, esses mesmos criminosos também estavam com muito medo de morrer.
Meus amigos de Rondônia, que me acompanham agora e que viram toda essa trajetória de violência se desenrolando no Rio de Janeiro, pela TV... A verdade é que de ambos os lados existiam seres humanos com receio de morrer, com receio do combate, mas do lado das Forças do Estado estavam homens e mulheres que tinham a certeza de que estavam do lado certo, e tinham também a certeza de que deveriam tomar as decisões corretas.
E, graças a Deus, as decisões certas foram realmente tomadas, senhor presidente. A invasão do Complexo do Alemão não ocorreu à noite, quando traria muito risco à população civil, e foi feita de forma firme, mas cuidadosa. Armas, munições e drogas foram encontradas. Prisões foram feitas, apesar de muito aquém do que deveria ter acontecido. Mas a missão não é nada fácil.
Hoje, senhoras e senhores senadores, aparecerão muitas críticas à essa ação, de gente que considera que o trabalho da segurança pública neste país é algo que pode ser feito de maneira irresponsável, do dia para a noite, mas eu considero, assim como tenho certeza de que essa Casa considera que cada homem e mulher envolvidos naquela operação pode ser considerado um herói. Um herói pela perseverança, pela tenacidade, pela presença de espírito, pelo respeito às populações civis.
Tenho certeza de que o presidente Lula acertou mais uma vez e fez um grande trabalho ao Brasil ao disponibilizar as forças federais de forma tão precisa, imediata. Um homem que não tem experiência militar, que não nenhuma ligação com as Forças Armadas, proporcionou, em função da necessidade de segurança do Estado do Rio de Janeiro, uma exemplar união do Estado, município e forças federais.
Tenho colocado sempre aqui, no plenário, a importância do alinhamento de todas as esferas da federação. É importante o alinhamento das Polícias Militares, da Polícia Civil, da Polícia Federal e das Forças Armadas em prol da segurança pública do povo brasileiro. E esse alinhamento deve continuar e se aprofundar.
Isso que vimos no final de semana é nada mais que um pontapé inicial para uma nova política de segurança nacional que deve ser fundamentada o quanto antes, sem pausa em suas ações. O importante que ela trouxe, que ela mostrou, foi a união, o patriotismo, o orgulho dos policiais estampado em suas ações racionais.
Precisamos aproveitar esse momento de resgate da nossa cidadania, que já vem tarde, e dar continuidade a uma série de ações imediatas contra o crime organizado. Como foi citado neste final de semana no jornal espanhol El País, “O Rio, e em parte o Brasil, estava tristemente acostumado com que os grandes centros urbanos estivessem sob o controle dos traficantes de drogas, que impunham suas leis com a conivência de policiais corruptos, advogados de presos perigosos, juízes e políticos que usam os traficantes para manter seu poder local e enriquecer”.
Por isso, o momento não é de chorar sobre as mortes e repisar nos erros que eventualmente tenham ocorrido. É pensar em soluções sem parar de avançar, corrigir os erros em curso, para que a criminalidade não tenha tempo de se reorganizar.
Precisamos ter em mente que dois pontos são fundamentais nessa luta:
- coibir o tráfico de armas na fronteira;
- coibir o tráfico de drogas na fronteira.
O Brasil não é um grande produtor de drogas e tão pouco é produtor das armas que vemos nas mãos dos narcotraficantes em nossas cidades. São armas russas, chinesas, norte-americanas que chegam aqui para matar brasileiros. Essas armas e as drogas estão entrando por algum lugar, pela nossa fronteira.
O Pefron, o programa de Policiamento Especializado de Fronteiras, deve entrar em funcionamento imediatamente. Todos os possíveis entraves que possam estar atrapalhando a sua completa execução devem ser revistos a toque de caixa.
Combatendo a entrada de armas e drogas, combatendo e prendendo os soldados do narcotráfico, teremos condições de reduzir o faturamento do crime organizado, forçando os barões do tráfico a movimentarem dinheiro através de dois métodos:
- buscando outras atividades criminosas, para as quais deveremos estar preparados;
- com movimentações financeiras de suas reservas acumuladas em anos e anos de criminalidade.
A Polícia Federal precisa estar pronta para levar o combate ao narcotráfico, ao crime organizado, para essa seara. Precisamos encontrar o dinheiro do tráfico e confiscar. Existem pessoas, centenas ou milhares de pessoas que não conseguem explicar a origem de seus recursos financeiros milionários. É necessário investigar, acompanhar de forma mais minuciosa esses verdadeiros milagres econômicos que na maioria das vezes ocultam ligações com o crime organizado.
Se formos por esse caminho tenho certeza de que descobriremos muita coisa sobre a ilegalidade no Brasil, que vão desde o tráfico de drogas ao desvio de verbas públicas.
Senhor presidente, o Brasil está mudando. Vimos nos últimos meses sentenças de prisão para vereadores, prefeitos, deputados, vimos um senador cassado por compra de votos, e agora vemos uma acertada ação de reintegração ao Estado, ao povo, de duas grandes regiões que estavam nas mãos do narcotráfico há muitos anos.
É, de fato, um novo país, um novo momento. Como citei aqui, em pronunciamento motivado pelo Dia da Pátria, o 7 de setembro, o brasileiro tem que deixar de ser patriota apenas em Copa do Mundo, para ser o ano inteiro, todos os anos, para com isso buscar o melhor para si, para todo o povo.
Vimos neste final de semana uma população denunciando o crime, se posicionando dando um basta à criminalidade, vimos a imprensa com total liberdade para transmitir ao vivo tudo que estava acontecendo no Rio de Janeiro. É um novo momento e deve continuar assim.
Eu torço para que os novos governadores de Estado, que assumirão no próximo ano, tenham como exemplo o que aconteceu no Rio de Janeiro, dessa união das esferas da União em prol de um bem maior, sem vaidades, sem melindres.
Somente com ajuda federal é que o problema da segurança será enfrentado de forma eficaz.
Encerro este pronunciamento fazendo minhas as palavras de Luiz Eduardo Soares, ex-Secretário Nacional de Segurança, Mestre em Antropologia, doutor em ciência política com pós-doutorado em filosofia política, autor de mais de 20 livros, entre eles os dois sucessos Elite da Tropa 1 e 2, que deram origem aos dois filmes, que foram dirigidos pelo diretor José Padilha.
Luiz Eduardo Soares, referência nacional em termos de segurança, publicou recente artigo que discute, entre outros pontos, o papel da polícia, trecho que lerei agora:
“Como, quem, em que termos e por que meios se fará a reforma radical das polícias, no Rio, para que estas deixem de ser incubadoras de milícias, máfias, tráfico de armas e drogas, crime violento, brutalidade, corrupção? Como se refundarão as instituições policiais para que os bons profissionais sejam, afinal, valorizados e qualificados? Como serão transformadas as polícias, para que deixem de ser reativas, ingovernáveis, ineficientes na prevenção e na investigação?
As polícias são instituições absolutamente fundamentais para o Estado democrático de direito. Cumpre-lhes garantir, na prática, os direitos e as liberdades estipulados na Constituição. Sobretudo, cumpre-lhes proteger a vida e a estabilidade das expectativas positivas relativamente à sociabilidade cooperativa e à vigência da legalidade e da justiça”.
Sabemos que em qualquer setor da sociedade existem os bons e os maus profissionais. Assim ocorre na polícia também. No entanto, nós, como representantes do povo, precisamos criar as condições para que essa realidade mude o quanto antes. Precisamos garantir a hegemonia dos bons profissionais dentro das nossas polícias. Vamos fazer isso com treinamento e remuneração, mas principalmente com formação.

Repito aqui que uma nova luta está começando e que devemos nos unir para encará-la sem interrupções e da melhor forma possível. O inimigo, o outro lado, não para, se adapta e se esconde atrás da fachada de homens de bem. Somente com trabalho diligente e atuante de uma polícia cada vez mais qualificada, mais bem aparelhada e mais orgulhosa de sua função é que venceremos a guerra da segurança pública em todo o País.

Sugiro uma reunião imediata entre o Ministério da Justiça os secretários de segurança entre os Estados que têm situação de fronteira mais crítica, como Rondônia, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e outros, para implementar o Pefron, que a meu ver está subdimensionado, levando-se em conta o poderio bélico do crime organizado.
Sugiro também uma reunião imediata entre a ABIN, Itamaraty, Ministério da Justiça e Casa Civil para fazer a gestão de estudos de convênios de ação de nossas forças federais em conjunto com países fronteiriços. Isso é fundamental.

Registro aqui também uma homenagem especial ao senhor Luiz Eduardo Soares, ao diretor de cinema José Padilha e ao roteirista Bráulio Mantovani, responsáveis não apenas por um fenômeno de bilheteria do cinema nacional, mas também por um visível fenômeno social que está mudando, efetivamente, as relações entre a polícia e a sociedade, como foi bem apontado pela revista Veja há 3 semanas atrás.

Recursos para a BR-364 em Ji-Paraná

Foi publicado nesta segunda-feira ,no Diário Oficial, a abertura de licitação para a duplicação da BR-364, em Ji-Paraná. Serão disponibilizados R$ 75 milhões. A licitação será para a execução das Obras de Adequação na travessia urbana (duplicação) na cidade de Ji-Paraná, em Rondônia, referente à BR-364, nos seguintes trechos: BR-174, que é divisa de Mato Grosso com Rondônia; o subtrecho Marco Rondon na entrada RO-010, em Pimenta Bueno; na RO-470, em Mirante da Serra e a ponte sobre o rio Jaru, nos seguimentos 338,5 ao quilômetro 347,0. Totalizando uma extensão de 8,5 quilômetros de obras.
Ji-Paraná está de parabéns com essa emenda que conquistamos com muito esforço.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Acir Gurgacz comemora Centenário da Associação Psicanalítica Internacional


Na tarde de quinta-feira, dia 25 de novembro, o senador Acir Gurgacz (PDT/RO) homenageou durante a sessão solene do Plenário do Senado Federal, a Associação Psicanalítica Internacional (International Psychoanalytical Association - IPA), pelo centenário de sua criação. O requerimento solicitando o evento foi feito pela senadora Marisa Serrano e contou com apoio de outros senadores.
São 110 anos desde que o médico Sigmund Freud publicou “A interpretação dos sonhos”, e 100 anos desde que o mesmo Freud criou a IPA, a comunidade científica já não tem mais dúvida de que a psicanálise significou uma revolução na maneira como o ser humano vê a si mesmo. “Há 100 anos, os neurologistas só davam importância aos fatores químicos, físicos e anatômicos quando analisavam os distúrbios nervosos dos pacientes. Foi preciso que Freud nos alertasse para as motivações inconscientes de nossos atos e, mais que isso, desenvolvesse uma teoria e uma nova disciplina científica para buscar entendê-las e estudá-las”, declarou o parlamentar.
A IPA foi criada durante o segundo congresso internacional de psicanálise, realizado em Nuremberg, Alemanha, no início de 1910, por iniciativa de Freud e de seus colaboradores. Atualmente a sede da IPA está localizada em Londres e tem mais de 12 mil membros associados, que serve de referência científica para os psicanalistas do mundo inteiro. Além de promover intercâmbio entre profissionais de várias regiões e países.
“Um trabalho que envolve o desenvolvimento de uma ciência de investigação da mente, a elaboração de um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento dos seres humanos, e a consolidação de um método de tratamento psicoterapêutico tem sido fundamental o papel desempenhado pela IPA”, declarou Acir Gurgacz.
N oportunidade o parlamentar destacou também o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Federação Brasileira de Psicanálise, a Febrapsi. Segundo ele a Federação articula as ações de doze sociedades de pscicanálise, dois grupos de estudos e dez núcleos de psicanálise existentes no Brasil. “É na base afinal, que surgem as experiências mais interessantes e se trocam as mais ricas informações”, declarou

Acir Gurgacz reúne com ministro da Defesa

Em audiência, o senador Acir Gurgacz (PDT/RO) reuniu-se com o ministro da Defesa Nacional Nelson Jobim, na tarde de quinta-feira, dia 25 de novembro. Na oportunidade, o senador e relator setorial da Defesa, Gilvam Borges, também esteve presente.
O assunto da reunião refere-se de reforçar junto ao ministro a necessidade da implantação de Batalhão de Infantaria em Ji-Paraná. Para a obra serão necessários recursos na ordem de R$ 60 milhões. Este mesmo valor foi indicado pelo parlamentar na forma de emenda de bancada, para o Orçamento da União 2011.

Acir Gurgacz homenageia os 35 anos da Polícia Militar de Rondônia


Durante a sessão do Plenário desta sexta-feira (26), no Senado Federal, o senador pedetista de Rondônia, Acir Gurgacz, homenageou a Polícia Militar do Estado de Rondônia pelos seus 35 anos de fundação, comemorados na data de hoje. Na oportunidade, o parlamentar reconheceu o trabalho realizado pela comandante da corporação, a coronel Angelina Ramires. Além disso, pediu uma remuneração mais justa para a categoria.
Em seu pronunciamento, o senador reiterou as ações realizadas pela corporação na busca por uma maior segurança para a população rondoniense. “A Polícia Militar tem feito diversas ações para melhorar a prestação de serviços na segurança do nosso Estado e para a valorização dos policiais”, disse. Atualmente a PM está ativa em aproximadamente 90 localidades rondonienses, e segundo o senador atua sem manchas ou irregularidades.
 Acir Gurgacz destacou também a importância da valorização dos policiais. “Nada mais justo que um salário compatível com a função desses policiais. Infelizmente os homens e mulheres que integram a nossa Polícia Militar ainda sofrem com a desvalorização de seu papel no tocante à remuneração, bem como à sua formação profissional”, declarou.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Violência no Rio

A violência urbana, com a situação na qual se encontra hoje o Rio de Janeiro, chega a um limite intolerável. Criminosos detidos em Catanduvas começaram hoje a ser transferidos para Rondônia na tentativa de desmantelar uma provável liderança e articulação deles sobre os ataques feitos no Rio.
O Estado deve agir de forma justa e forte. Creio que seja momento da União se dedicar a comprovar que tem controle do País e que exerce sua soberania em todo o território nacional.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mais responsabilidade e consciência

Porto Velho viu, do ano passado para cá, subir em quase 70% o número de mortes no trânsito em relação ao ano passado. A notícia é triste, mas é verdade. E segundo as autoridades no setor, a causa da maioria dos acidentes e das mortes é a imprudência.
Quanto mais acidentes, mais pessoas lesionadas, são maiores os gastos com a saúde pública, maior o rombo no setor, mais as pessoas sofrem. Daí você tem o caso de acidentes causados por bebida acabar atrapalhando o atendimento neonatal, por exemplo.
É de indignar como a irresponsabilidade pode ser tão prejudicial. É como um efeito borboleta, onde um ato impensado em um canto pode afetar uma legião de pessoas em outro ponto.
É para pensar.

Recomendação de leitura

Venho aqui pedindo que travemos uma luta séria contra o nosso Custo Brasil. É uma forma de sairmos ilesos da guerra cambial. Tudo porque reduziremos os nossos custos e manteremos uma margem de competitividade. É claro que precisamos de outras medidas, mas a eliminação de burocracia (que custa dinheiro) e a redução de impostos é muito importante para o País. Toda a economia está interligada. Logo, para enfrentar a guerra cambial com "armas" poderosas não basta lutar no campo do comércio exterior, de reservas cambiais e itens do gênero. A lição de casa, a base da nossa economia precisa ser revista.

Abaixo, reportagem publicada ainda agora pela Agência Brasil:


Mantega diz que Brasil não permitirá que países ricos tirem proveito da guerra cambial

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Brasil não permitirá que os países desenvolvidos tirem proveito da guerra cambial, disse há pouco o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Durante a apresentação da equipe econômica para o próximo governo, ele afirmou que o país tentará impedir que as economias avançadas desvalorizem suas moedas para ampliar as exportações para os países emergentes.

“A crise ainda está causando danos nos países avançados. Existe uma disputa por mercado e uma guerra cambial, mas não permitiremos que a concorrência desleal e valorização do câmbio [da moeda brasileira] prejudiquem o real”, afirmou.

O ministro não mencionou a crise na Irlanda, que pediu ajuda à União Europeia para equilibrar as contas públicas. Ele, no entanto, disse que as dificuldades experimentadas pelos países do bloco econômico não interferem diretamente sobre o Brasil, mas trazem dificuldades para o comércio exterior e o mercado financeiro. “Os problemas da União Europeia retardam a recuperação e causam volatilidade no mercado de capitais”.
Na avaliação de Mantega, o Brasil está preparado para lidar com condições internacionais menos favoráveis. "A crise fez o Brasil ocupar uma posição de vanguarda na economia mundial".


Edição: Rivadavia Severo

Vamos ganhar agilidade no julgamento dos processos

Agilidade nos julgamentos de processos judiciais. Este é um dos principais objetivos da reformulação do Código do Processo Civil (CPC). O relator da Comissão Temporária do CPC, Valter Pereira, entregou, na manhã de hoje (24), para o presidente do Senado Federal, José Sarney, o relatório final sobre o projeto de lei 166/2010.  O senador Acir Gurgacz (PDT/RO) apresentou 21 emendas, dentre elas cinco foram incorporadas no relatório final.

O CPC está em vigor desde a década de 70 e o objetivo principal de reformulação se refere à morosidade na tramitação das ações na Justiça. Portanto, a Comissão trabalhou ao longo do ano para formular o substitutivo absorvendo o texto original com regras para simplificar os processos e reduzir a possibilidades de recursos, sem diminuir as possibilidades de defesa.

O senador Acir Gurgacz é sub-relator da área de Recursos. Durante as audiências públicas ele debateu a proposta juntamente com profissionais atuantes em diversos campos do Direito, em Campo Grande (MS) e Florianópolis (SC), além da realizada nas dependências do Senado Federal. No seu relatório, Acir Gurgacz apresentou 21 emendas como sugestão de mudança. “Uma coisa é ter contato com o aspecto teórico de algo tão importante quanto o CPC, outra, é trocar informações com pessoas de diversas partes do Brasil acerca da questão”, declarou.

Entre as emendas apresentadas por Gurgacz e aproveitadas pela Comissão, uma se refere à emenda 19, que propõe o acréscimo de um inciso ao art. 147, o qual prevê a intervenção do Ministério Público, sob pena de nulidade, nas ações que envolvam litígios coletivos sobre imóveis rurais ou urbanos e nas demais causas em que haja interesse público evidente nas ações que envolvam conflitos sobre imóveis rurais ou urbanos, e pretende contribuir para a resolução de tensões e conflitos sociais no campo

O ministro do Superior Tribunal de Justiça, Luiz Fux, que presidiu a Comissão de Juristas e elaborou o anteprojeto do novo CPC, também participou da reunião de leitura do relatório.

Depois de receber parecer na comissão especial, a proposta vai a Plenário do Senado Federal, para discussão em três turnos e votação. Caso seja aprovada, seguirá então à Câmara dos Deputados.

Novo Código de Processo Civil


Agilidade nos julgamentos de processos judiciais. Este é um dos principais objetivos da reformulação do Código do Processo Civil (CPC). O relator da Comissão Temporária do CPC, Valter Pereira, entregou, na manhã de hoje (24), para o presidente do Senado Federal, José Sarney, o relatório final sobre o projeto de lei 166/2010.  

Dentre as 21 emendas apresentadas pelo sub-relator da área de Recursos da Comissão, senador Acir Gurgacz (PDT/RO), cinco foram acolhidas pelo relator geral.
A proposta segue agora para o Plenário do Senado Federal, para discussão em três turnos e votação. Caso seja aprovada, seguirá então à Câmara dos Deputados.

"Mais IDH e menos PIB"

Depois de postar aqui meu pronunciamento de ontem e tuitar o link, recebi um comentário muito interessante de @lotsemann, que viu meu texto através do retuíte de @StephenKanitz: "Está na hora de distinguir crescimento e desenvolvimento. Mais IDH, menos PIB!"
O comentário de @lotsemann procede e está de acordo com o que falo aqui no Senado. Defendo o desenvolvimento voltado ao ser humano, e não apenas ao Capital. Venho falando sobre isso desde que assumi nesta casa, no final do ano passado.
Meus projetos "falam" dessa forma, procurando fomentar a economia criando melhores condições de vida para os pequenos produtores de Rondônia, para as pequenas empresas, pequenas indústrias da Amazônia.
São essas pessoas e empresas que geram o motor do desenvolvimento e reduzem o peso do Estado.
Isso é muito importante.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Motor do desenvolvimento do Brasil


Falei hoje no Senado sobre os entraves que a iniciativa privada sofre no Brasil. As empresas, que são o verdadeiro motor do desenvolvimento no País, como afirma a revista Exame de 3 de novembro, sofre com burocracia, excesso de impostos e mão de obra desqualificada. Veja o pronunciamento na íntegra abaixo:

Senhor presidente, cerca de 33 milhões de pessoas em todo o Brasil estão empregadas por empresas privadas, com registro em carteira. Considerando que a maioria dessas pessoas esteja casada, com filhos, com um pai ou uma mãe já aposentado, idoso, para ajudar, nós podemos considerar que cerca de 70 a 90 milhões de pessoas, no mínimo, dependam de empresas da iniciativa privada para sobreviver e semear seus planos de uma vida melhor.
Está nessas empresas, senhor presidente, como não podemos deixar de associar a idéia, o verdadeiro motor do Brasil. Afinal de contas, temos hoje, de acordo com o Censo, uma população de pouco mais de 150 milhões de habitantes, sendo a maioria delas ligada a empresas privadas, e não ao Estado.
É, na grande maioria dos casos, senhoras e senhores senadores, e todos sabemos muito bem disso, no setor privado que se encontra o verdadeiro impulso da produção. O setor público tem seu grande valor regulador, equiparador de direitos, capaz de fornecer aquilo que no momento é inviável economicamente para o setor privado, mas não é ele o setor de nossa economia capaz de realmente empreender o nosso desenvolvimento.
Poderíamos tomar as obras do PAC 1 e do PAC 2 como exemplos da diferença entre alavancar o desenvolvimento e empreender o desenvolvimento. Obras como as reformas de rodovias, como a implementação da ferrovia Ferronorte, que chegará até Rondônia, são trabalhos que geram condições para a iniciativa privada reduzir seus custos e poder realizar sua vocação empreendedora. Mas seriam trabalhos feitos em vão se não houvesse empresas prontas para aproveitar seus potenciais. Seriam verdadeiras obras-fantasmas.
É por isso que trato aqui hoje de duas reportagens recentes. Uma delas da revista Exame do dia 3 deste mês, e de uma reportagem veiculada no dia 16 de novembro no Jornal da Globo. As duas matérias jornalísticas tratavam de um mesmo tema, com enfoques um pouco diferentes: a iniciativa privada.
A primeira matéria, da revista Exame, relatou em DEZESSEIS páginas as dificuldades pelas quais passam hoje esse verdadeiro trator da economia brasileira, como citei ainda pouco, que é EMPRESA PRIVADA.
Como disse, o setor privado emprega hoje 33 milhões de pessoas, FORMALMENTE, enquanto o setor público emprega UM QUARTO desse número. O setor privado gera 2 a cada 3 reais da riqueza produzida no Brasil, mas sofre hoje com pelo menos TRÊS GRANDE PROBLEMAS:
1)   Falta de regras claras do setor de negócios
2)   Deficiência na formação de mão de obra
3)   Excesso e complexidade de tributos
A revista tomou como exemplo o caso da empresa Natura, que somente ela contrata 1,2 milhão de vendedoras atuando de porta em porta por todo o País. Hoje a empresa se encontra com no mínimo 40 pendências de pesquisas de princípios ativos para seus produtos, porque depende de cerca de 180.000 REGRAS LEGAIS entre decretos, leis e medidas provisórias que legislam sobre pesquisas com substâncias naturais.
Outra empresa entrevistada, a Magazine Luiza, com um faturamento anual de 2,2 BILHÕES DE DÓLARES, 116 lojas e 16.000 funcionários em 16 Estados, afirma que cerca de 10% de seus funcionários estão ligados exclusivamente a BUROCRACIAS. Segundo a empresa de consultoria Price Waterhouse-Coopers, o custo da burocracia no Brasil é quatro vezes maior que a média mundial. Esse indicativo, senhor presidente, hoje em dia é inaceitável para um país que almeja ser um ator internacional de importância dentro do cenário global.
Outro exemplo citado pela revista foi o da chegada da empresa norte-americana JetBlue ao Brasil, em 2008, quando se deparou com os impostos, a falta de lógica da legislação e a falta de infraestrutura dos aeroportos. Seu diretor, David NEELEMAN foi categórico ao afirmar que “O Brasil precisa de agilidade, e as leis criam uma burocracia que torna tudo lento”. Eu diria que não torna apenas lento, mas torna lento, caro e muito desestimulador.
A revista aponta também o nosso grande rombo tributário, que hoje suga cerca de 40% do nosso Produto Interno Bruto, sem que represente de fato melhorias para a vida de todos os cidadãos.
Quero destacar que compreendo aqui o papel social do Estado, de criar condições de igualdade entre as pessoas, mas é preciso desenvolver uma matemática plausível que vá reduzindo, gradativamente, esse peso das mãos do Poder Público e vá repassando à iniciativa privada, como empregos melhores e mais bem remunerados.
Sobre esses impostos, a revista mostrou que no ano passado o Brasil atraiu 25 bilhões de dólares em investimentos diretos do exterior, enquanto a Índia recebeu quase 35 bilhões de dólares. A Índia é um país hoje com centenas de dialetos diferentes, conflitos religiosos violentos, vive conflitos em sua fronteira e atraiu mais investimentos que o Brasil. O motivo dessa diferença talvez seja o fato do Brasil ter uma carga tributária na ordem de 35%, enquanto que na Índia esse índice não ultrapassa 19%. A taxa de poupança é de 15% do PIB, enquanto lá é de 34%. E a taxa de investimento interno no Brasil equivale a pouco mais de 18% do PIB, enquanto na Índia esse número chega a 40%.
Eu acredito que está mais do que na hora do Brasil olhar com mais cuidado para a sua iniciativa privada. Os números são claros ao mostrar quantas pessoas desse imenso país dependem do sucesso dessas empresas. Os números são claros ao mostrar que o País não está melhor hoje por sua própria culpa.
É o resultado dessa forma de olhar a iniciativa privada que foi mostrado no dia 16 de novembro à noite, no Jornal da Globo, na segunda reportagem que afirmei que iria abordar aqui hoje.
A matéria veiculada pela Rede Globo fala de uma provável desindustrialização que estaria acontecendo no Brasil. Ou seja, o faturamento das indústrias no Brasil estaria caindo, talvez dando lugar aos negócios do setor agrícola, que vende matéria prima. Mais uma vez o que foi levantado pelos repórteres foi a diferença da carga tributária que sofremos aqui no Brasil, no caso, comparando com a China, um país gigantesco com mais de 1 bilhão de habitantes.
Lá, a carga de impostos não ultrapassa 18%, portanto um ponto percentual abaixo da Índia, enquanto aqui, como disse, está em 35%. Os juros reais no Brasil são de 5,3%, atraindo mais capital para títulos do governo do que para a produção, enquanto na China está em 2%. Dessa forma, entre outros indicadores, a China encontra-se hoje no SEPTUAGÉSIMO NONO lugar como ambiente ideal para negócios, enquanto o Brasil se encontra em CENTÉSIMO VIGÉSIMO SÉTIMO lugar.
Senhor presidente, meus amigos de Rondônia. Tenho certeza de que as informações que mostrei aqui hoje não são complexas. Elas indicam claramente que a nossa iniciativa privada no Brasil está indo bem, está crescendo, mas poderia estar muito melhor.
E quando as empresas estão indo melhor, elas geram mais empregos, melhores salários, estimulam o consumo de produtos e serviços. As pessoas compram aparelhos de TV, trocam de carro, quem tem condições paga melhores escolas e cursos para seus filhos, e quem não quiser usar o sistema de saúde público pode optar por clínicas e hospitais particulares. Isso tudo reduz o peso sobre o estado, sobre as funções sociais do Estado, deixando o País livre para cuidar do que é realmente sua função: gerar infraestrutura para o desenvolvimento.
Temos uma estrada longa para atingir esta situação ideal, mas precisamos começar com alguma medida. E esta ação, senhoras e senhores senadores, pode e deve ser uma reforma tributária inteligente, que deve ser colocada em discussão já. Imediatamente.
Ultrapassamos a crise econômica mundial e somente não estamos em uma situação melhor porque nós mesmos criamos os freios para a nossa economia. Nós mesmos estamos nos bloqueando, impedindo que sigamos mais longe, que nos tornemos uma nação mais rica.
Precisamos de empresas fortes e um povo mais bem remunerado para termos uma Nação Forte. O caminho contrário não funciona.

Câmara comemora 80 anos do Ministério do Trabalho

A Câmara Federal realizou na manhã de hoje uma sessão solene em homenagem aos 80 anos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que serão completados no próximo dia 26 de novembro. Na oportunidade foi destacado o papel decisivo do ministério para a conquista dos direitos dos trabalhadores do País e, também, a sua contribuição para o desenvolvimento do Brasil. 

Em seu discurso, o ministro Lupi destacou a importância do ministério, lembrando que a geração de empregos foi essencial para que o país conseguisse sair da crise financeira de 2009. "Quero falar sobre o papel do trabalhador na sociedade contemporânea. Passamos por uma crise em 2009 e pela primeira vez conseguimos fazer que a visão trabalhista fosse protagonista. Nós sempre assistimos à discussão de que, para salvar o país, era preciso mais investimento na área econômica. Poucas vezes assistimos a uma discussão em que se colocasse como protagonista aquele que cria que produz, que faz a nação, que é o trabalhador".

Para alguns, o ministério durante a gestão do presidente Lula é um modelo de administração pública. “Foi um ministério sem denúncias, sem corrupção e fiel ao trabalhador”, declarou o empresário Roberto Pini. De acordo com o MTE, desde o início do governo Lula, em 2003, já foram criados 14,929 milhões de empregos com a carteira assinada. 

Um dos programas importantes do ministério destacados pelo senador Acir Gurgacz, que esteve presente na sessão, se refere ao Projovem e o Planseq, ambos com a finalidade de profissionalizar pessoas que desejam entrar no mercado de trabalho mais qualificado. Cursos como Comunicação e Marketing Social, Administração, Agroextrativismo, Alimentação, Beleza Estética, Construção e Reparos, Educação, Madeira e Mobiliário, Metalmecânica, Turismo e Hospitalidade e Vestuário, são fornecidos por estes dois programas. “Desde que assumi meu cargo no senado aproximadamente três mil jovens foram beneficiados com esses programas no estado de Rondônia”, declarou o senador.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pronunciamento II


Na segunda parte do pronunciamento destaquei o início do manejo florestal sustentável de 96 mil hectares de um remanescente importante da Floresta Amazônica em Rondônia, dentro dos 222 mil hectares de área da Floresta Nacional do Jamari.



Na última semana pudemos comemorar com satisfação a derrubada de uma árvore na Floresta Nacional do Jamari, no norte de Rondônia. Uma frondosa muiracatiara com quase 30 metros de altura veio ao chão em 15 minutos. Mas foram necessários quatro anos e seis meses para que o seu corte pudesse ser considerado legal e um exemplo de sustentabilidade. O corte da árvore simbolizou o início do manejo florestal sustentável de 96 mil hectares de um remanescente importante da Floresta Amazônica em Rondônia, dentro dos 222 mil hectares de área da Floresta Nacional do Jamari. Essa área foi concedida pelo governo federal, por meio de edital público lançado em 2007, para a exploração de três empresas privadas, sendo uma de São Paulo e duas de Rondônia, pelo período de 40 anos.
Mas o corte seletivo de árvores em unidades de conservação só se tornou possível hoje - e tenho orgulho de dizer que Rondônia é o Estado pioneiro nessa modalidade de exploração sustentável - porque a sociedade civil organizada, os engenheiros florestais, madeireiros e conservacionistas que sempre lutaram pelo uso sustentável da floresta encontraram o apoio necessário do governo federal e do Congresso Nacional.
Conseguiram o apoio, senhor presidente, para que fosse possível a discussão do problema e a elaboração da Lei de Gestão das Florestas Públicas, a Lei nº 11.284, sancionada pelo presidente Lula em 2 de março de 2006. Foi essa lei que instituiu um marco legal para o setor e criou o Serviço Nacional de Florestas e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.
Essa política, senhoras e senhores senadores, permite que os governos federal, estaduais e municipais gerenciem seu patrimônio florestal de forma a combater a exploração predatória e a grilagem de terras, bem como promover uma economia florestal em bases sustentáveis e de longo prazo. A floresta concedida permanece em pé, pois a única forma de extrair madeira nelas é por meio das técnicas de manejo florestal, em que a área é utilizada em um sistema de rodízio que permite o corte seletivo e a produção contínua e sustentável da madeira. Nesse modelo, apenas seis árvores podem ser retiradas por hectare a cada 30 anos e isso é a garantia de que teremos a floresta amazônica se renovando por muitos e muitos anos.
Como bem destacou o diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, o engenheiro florestal Antônio Carlos Hummel, na solenidade da última terça-feira em Itapuã do Oeste, a concessão de florestas públicas para manejo sustentável, como já está ocorrendo na Flona do Jamari, é uma vitória histórica para o setor florestal no país, um reforço importante na regularização fundiária da Amazônia, e pode tornar-se um exemplo para o mundo por conta da transparência, do controle interinstitucional e da contrapartida social, com a geração de emprego e renda, definidos com princípios desse novo modelo de gestão de florestas públicas. Com mais de 25 anos de serviços prestados ao país como funcionário de carreira do IBAMA e oriundo dos quadros do extinto Instituto Brasileiro de Florestal (IBDF), Antônio Carlos Hummel acompanhou uma boa parte dessa discussão, que começou lá na década de 60, na antiga Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e no próprio IBDF. Ele acredita que, a partir desse modelo, em dez anos a economia madeireira da Amazônia estará organizada de forma sustentável, e que a gestão florestal brasileira será um exemplo mundial. E eu tenho convicção que se depender da organização do setor madeireiro em Rondônia, da vontade política do novo governo do Estado, com o apoio da presidente Dilma Rousseff, teremos em pouco tempo essa realidade.
Percebam, nobres senadores, que se passaram mais de 40 anos para que uma boa ideia fosse transformada em política pública. Creio que uma boa parte das florestas e unidades de conservação da Amazônia teriam sido poupadas do corte ilegal se os governos passados tivessem encarado os problemas socioambientais da Amazônia com o mesmo olhar do governo Lula. Um olhar que enxerga o verde, mas também atende às necessidades dos povos da floresta, de quem produz e gera riquezas para o país. Neste sentido, podemos dizer que os quatro anos entre a criação do marco legal o início das atividades de manejo sustentável na Flona do Jamari foi um tempo relativamente curto. Mas o que esperamos daqui pra frente é que este modelo se consolide e ajude o setor madeireiro a sair da marginalidade em que foi colocado justamente pela falta de um marco legal, de uma política pública com transparência e controle social como a que está sendo implementada hoje pelo Serviço Florestal Brasileiro.
Essa política púbica, nobres senadores, não pode parar, e outras medidas legais, como a renovação do Código Florestal Brasileiro, também precisam avançar para que possamos conservar as nossas florestas e sua biodiversidade, mas também dar condições para que as atividades econômicas se desenvolvam de forma sustentável.
Outros seis processos de concessão de floretas públicas estão sendo realizados na Amazônia, em Rondônia e no Pará. Segundo o Serviço Florestal Brasileiro, existem cerca de 10 milhões de hectares de florestas públicas em condições de receber uma concessão, área suficiente para atender 20% da demanda por madeira das indústrias brasileiras. A expectativa do Serviço Florestal Brasileiro é atingir, em 2011, 1 milhão de hectares de florestas licitadas. Além do início das atividades de exploração na Flona do Jamari, na semana passada também foram realizadas em Candeias do Jamari, Cujubim e Porto Velho, em Rondônia, as audiências públicas que discutiram a concessão florestal de 112 mil hectares da Flona de Jacundá. O potencial produtivo dessa nova concessão será de 81 mil metros cúbicos/ano, e somados aos 68 mil metros cúbicos que devem ser extraídos anualmente da Flona do Jamari, Rondônia terá um aumento significativo na produção de madeira legal. A previsão é que só a arrecadação anual do governo com estas concessões seja algo em torno de R$ 24 milhões ao ano. Só em Jamari serão R$ 3,3 milhões/ano, e na Flona de Jacundá serão arrecadados R$ 3,8 milhões. Além disso, essas atividades vão desempenhar um efeito multiplicador na economia das comunidades de entorno e toda a Amazônia.
Isso porque um dos benefícios desse modelo de manejo é a geração de empregos nas comunidades do entorno das concessões florestais, pois as empresas são obrigadas a instalar unidades de processamento no entorno da área concedida e também podem oferecer serviços de ecoturismo. As comunidades também são beneficiadas diretamente por meio de investimentos em bens e serviços, pois a própria população é quem decide como parte do dinheiro arrecadado pelo governo será usado. Só na Flona do Jamari mais de R$ 5 milhões serão investidos em melhorias durante o período da concessão.
Portanto, senhoras e senhores senadores, temos sim que comemorar sim a derrubada dessa frondosa muiracatiara da Flona do Jamari. Justamente porque ela simboliza um novo tempo na exploração da Floresta Amazônica. Temos outros desafios pela frente, como a regulamentação do Código Florestal e a consolidação de uma política agrícola que privilegia o homem do campo, retirando-o também da mesma condição de marginalidade que ainda se encontram muitos madeireiros. Só assim vamos acabar com muitos problemas que impedem o avanço de nossa economia de forma sustentável, como o desmatamento ilegal, a grilagem de terras e os conflitos fundiários, além do déficit tecnológico para exploração madeireira e para a agricultura.

Pronunciamentos



Nesta segunda-feira o meu pronunciamento foi dividido em duas partes. No primeiro bloco destaquei o aniversário de Ji-Paraná, minha cidade.



Hoje eu tenho orgulho de dizer que estou comemorando, como ji-paranaense que sou, o TRIGÉSIMO TERCEIRO aniversário de meu município, Ji-Paraná. Nascida Vila de Rondônia,  Ji-Paraná só vem crescendo nesses 33 anos de história.
Minha família aqui chegou no decorrer dessa trajetória, há 38 anos, se estabelecendo naquela terra e lá iniciando uma jornada de trabalho duro em Rondônia. Lá finquei raízes, constituí minha família e meus laços de amizades.
A história de Ji-Paraná começou bem antes da chegada do desbravador Marechal Cândido Rondon. Começou entre 1877 e 1880, quando nordestinos fugidos da seca migraram para aquela região em busca de uma vida melhor. Eles lá se estabeleceram, lutando contra as doenças da floresta, como a malária, e contra todas as adversidades, formando a primeira povoação na confluência do Rio Urupá, que serviu de base para garimpeiros e seringueiros, atraídos pela extração látex, ouro e pedras preciosas.
Após o ciclo da borracha, da implantação da linha telegráfica, de altos e baixos da história de Rondônia, a partir de 1968, milhares de imigrantes oriundos principalmente do Centro Sul do País, migraram para Ji-Paraná, na bagagem a esperança de uma nova vida.
Em 11 de outubro de 1977, o presidente Ernesto Geisel, concedeu a emancipação política à Vila de Rondônia, através da lei nº 6.448. No dia 22 de novembro a Comarca de Porto Velho, através da lei nº  6.750 de  10 de dezembro de 1979, deu-se a instalação do Município de Ji-Paraná.
Seu primeiro prefeito foi Walter Bartolo, que assumiu o mandato em 22 de novembro de 1977 até abril de 1978. Posteriormente foram eleitos: Nunoi Itsumi – de 1978 a 1979; Assis Canuto, de 1979 a 1982; Manuel Lamego, de 1982 a 1983; Roberto Jotão Geraldo, de 1983 a 1987; José de Abreu Bianco, de 1988 até 1992; Jair Ramires, de 1992 a 1996; Ildemar Kusller, de 1996 a 2000; Acir Gurgacz, eu mesmo, de 2000 até 2002; e novamente  José de Abreu Bianco, de 2004 a 2008, e reeleito até o ano de 2012.
Hoje, o cenário ji-paranaense é de muito desenvolvimento e uma grande satisfação pelo trabalho bem feito: pelo trabalho de construir do nada uma bela cidade.
Obras importantes do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) unidas ao crescimento do ramo de construção civil imobiliário e seu promissor comércio e pólo industrial, dividem seu potencial econômico com o que é produzido no campo.
Nos últimos cinco anos, o comercio de Ji-Paraná cresceu 47%, registrando mais de 2,4 mil estabelecimentos comerciais. O setor de serviços como um todo engordou 27%, para atender, pelo menos, a população de 28 outros municípios do interior rondoniense. Um crescimento já esperado pelos empresários, levando em conta a localização da cidade.
Uma cidade com uma posição geográfica privilegiada que lhe conferiu o título de “Coração de Rondônia”. Devido a isso, o município hoje é considerado um verdadeiro pólo dos setores de saúde e educação. Os seus hospitais e clínicas foram programados para oferecer o atendimento de pelo menos 16 cidades localizadas ao seu redor, e chega a atender pessoas de até de fora do Estado.
No setor educacional mostra números empolgantes também. Cerca de CINCO MIL estudantes universitários frequentam hoje as salas de aula de cursos de graduação e pós, presenciais e à distância, em instituições privadas e na unidade da Universidade Federal de Rondônia, a UNIR. Destaque para educação básica municipal. Na educação básica o município também é destaque. Sua mais recente conquista foi a de melhor IDEB do interior, que alcançou a média 5,7, meta do Ministério da Educação para 2011.
Por isso e por muito mais motivos, Ji-Paraná ganhou destaque nacional este ano, sendo indicada pela revista Veja, em agosto, como grande fenômeno nacional em desenvolvimento. A revista apontou o crescimento do número de empresas em funcionamento na cidade e fez elogios, chamando de uma cidade “limpa, pavimentada e iluminada...” A revista Veja destacou ainda que Ji-Paraná tem R$ 1,12 bilhão de produto interno bruto, R$ 10.400 de renda per capita anual, 4% de crescimento econômico anual. Seus motores da economia, de acordo com a revista, seriam o setor de serviços e a pecuária.
A cidade, no entanto, ainda tem muitos problemas para resolver, e acredito verdadeiramente que seu povo, que não tem medo de trabalho, vai encarar todo e qualquer desafio como vem fazendo há mais de três décadas. Venceremos o desafio do saneamento básico insuficiente. Ultrapassaremos as diferenças sociais, a fim de evitar a escalada da violência. Encararemos o problema das drogas, que assola toda e qualquer sociedade do País.
Contaremos com o apoio governamental, efetivo de nossos representantes eleitos para a conclusão de obras de infraestrutura de grande porte, como a duplicação da ponte sobre o rio Machado e do anel viário da BR-364 no município.

Colocar asfalto em cada metro quadrado de nossa Ji-Paraná e  ter escola e emprego para cada um de nossos cidadãos. Estes são desafios parecidos com os de praticamente todos os municípios deste imenso Brasil. São os nossos também. Em 33 anos de história transformamos um ponto perdido no meio da Amazônia em um verdadeiro lar da esperança e da fé no trabalho e na educação. O tempo e a disposição de cada um de nós estão em nosso favor. Ji-Paraná segue em frente hoje, no dia do seu TRIGÉSIMO TERCEIRO ANO DE ANIVERSÁRIO, e promete não parar, em nome de todos os ji-paranaenses.

domingo, 21 de novembro de 2010

Globalização em benefício de todos nós

Estamos rumando para relacionamentos globalizados muito positivos para todos os envolvidos. Será bom para o Brasil, para Rondônia, para todos. Abaixo, artigo que publiquei no jornal Diário da Amazônia, neste final de semana.



A África é logo ali

De que o mundo atingiu um elevado nível de globalização, ninguém duvida. Esta semana postei em meu blog (acirgurgacz.blogspot.com) que o Banco do Brasil financiará equipamentos agrícolas para produtores rurais na África. Equipamentos brasileiros. Já vimos algo parecido no passado, quando o governo brasileiro financiava Estados estrangeiros que queriam adquirir armas fabricadas aqui no Brasil. A medida atual é muito mais ampla e moralmente muito mais elevada. Estamos financiando a produção mundial de alimentos e gerando emprego aqui dentro, no Brasil. O melhor parte dessa notícia é que estamos ajudando o continente que talvez seja o mais pobre do mundo a andar com suas próprias pernas, a ganhar pujança. Já nesta sexta-feira, a presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, destacou a importância da ajuda brasileira para Moçambique tornar-se um grande produtor de alimentos. Estamos cedendo àquele país tecnologia desenvolvida por nós para melhorias na produção agropecuária.
Isso não é mera filantropia, apenas ajudar os países africanos. É investir no nosso Brasil. Atualmente, a capacidade de compra da África é muito pequena, na média. Uma parceria entre o Brasil e todo um continente com um gigantesco e inexplorado potencial de consumo é uma atitude de grande inteligência e moral. Queremos dar condições para que aquele povo possa se tornar consumidores de nossos produtos, assim também de fazerem uma gestão mais inteligente do meio ambiente local. Hoje, estranhamente, grandes potências desmatam e exploram a África e cobram, de nós, a preservação, a manutenção intacta de nossas florestas. Ajudam a enfraquecer o continente negro e querem sustar o nosso avanço como a maior potência global na produção de alimentos.
Fica claro para o leitor rondoniense a diferença das duas políticas? Uma delas é voltada ao desenvolvimento global; a outra, para o desenvolvimento individual e a exploração do outro.
Caminhamos hoje em passo acelerado para comprovar em escala global o bom funcionamento da gestão brasileira do meio ambiente, assim como da gestão do desenvolvimento de relações capitalistas mais humanas. Temos laços históricos com a África, mas estamos indo além disso: estamos criando laços futuros que poderão mudar o mundo.
Mas o que Rondônia tem a ver com isso? Ora, simplesmente tudo. O mundo é bem menor que era no século passado. Hoje é preciso pensar no empreendedorismo industrial local tendo como mercado o planeta inteiro. A China fez isso para crescer e olha como está. Era a única forma de garantir o pão para uma população gigantesca como a que vive lá.
Temos muitos problemas estruturais, e não vamos conseguir resolver sem que criemos as condições ideais para o bom fluxo do capital, sem que premiemos a iniciativa privada e sem que façamos tudo isso com justiça social. Será bom para todo mundo. Para nós, aqui em Rondônia, assim como para pessoas que, como nós, vive do outro lado do oceano. Pensemos no assunto. Pensemos longe. E uma boa semana para todos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Encontro do PDT

Na manhã de hoje (dia 19 de novembro), foi realizada um encontro do Diretório Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), em Brasília que reuniu vários senadores e deputados de vários estados do Brasil, entre eles o senador Acir Gurgacz de Rondônia. O objetivo da reunião foi avaliar o resultado da eleição presidencial e definir metas para o ano de 2012.  Sobre o ministério do Trabalho, o partido defendeu a permanência de Lupi.

Evento com Lupi e Lula

Participei, nesta quinta-feira, dia 18 de novembro, com o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da inauguração do Centro de Referência do Trabalhador Leonel Brizola, que leva o nome do ex-governador e ex-presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), falecido no ano de 2004. O Centro de Referência do Trabalhador é um posto do Ministério do Trabalho, que tem como objetivo ser um referencial sobre a história do trabalho e dos trabalhadores do Brasil.