terça-feira, 9 de novembro de 2010

Saída para a violência

A violência urbana está atingindo, em todo o Brasil, e especialmente em Rondônia, níveis alarmantes. Para que fique claro que não exagero neste comentário, cito dados recentemente publicados na imprensa que comprovam essa preocupação. Dados que mostram que toda consternação referente a este assunto não pode ser considerada suficiente.

Somente do início deste ano até a semana passada, foram registrados 112 homicídios na Capital do Estado, Porto Velho, e 31 homicídios em Ji-Paraná. Os números são alarmantes, pois indicam um total de mais de 140 mortes violentas em apenas sete meses. Ou seja, mais de 140 mortes em cerca de 210 dias em apenas dois municípios rondonienses.

A maioria dessas mortes vem acontecendo em meios onde as drogas proliferam, e também motivados por causas passionais. O que ainda é mais preocupante é que essa dura realidade não está presente apenas em Rondônia, mas em praticamente todo o Brasil. Segundo dados divulgados no último dia 25 de julho na edição dominical do jornal Folha de São Paulo, 15 Estados brasileiros e o Distrito Federal apontam, este ano, crescimento no número de assassinatos, comparado ao ano passado.

Sei que é muito importante fazer obras, recapear estradas, preparar estádios para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas. No entanto, eu sinto falta de ouvir falar mais em investimentos no ser humano. Sinto falta de ouvir falar em aumentar os cuidados com o ser humano.

Precisamos mudar esse cenário o quanto antes, sob o risco de vermos o Brasil crescer de um lado, economicamente, e despencar do outro lado, no aspecto humano. Por esse motivo que eu procuro sempre destacar a importância de batalhar pelos direitos dos amazônidas, do pequeno produtor agrícola que está na Amazônia e em outros rincões desse país.

Precisamos ampliar o trabalho do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), além de executar uma dura ação de repressão ao crime com apoio de cada Estado, mas a aposta mais importante será na educação como força motriz para a geração de renda e emprego.

Eu sonho não apenas em fixar o homem no campo, mas também de proporcionar um retorno ao campo, um efeito inverso do êxodo rural que tanta violência levou às cidades do Brasil. Eu sonho com uma política tão focada no ser humano que possa mostrar a viabilidade do campo, transformá-lo no El Dorado que um dia Rondônia foi, atraindo gente de todo o Brasil para a conquista de uma vida melhor.
Uma otima semana para todos.

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