domingo, 21 de novembro de 2010

Globalização em benefício de todos nós

Estamos rumando para relacionamentos globalizados muito positivos para todos os envolvidos. Será bom para o Brasil, para Rondônia, para todos. Abaixo, artigo que publiquei no jornal Diário da Amazônia, neste final de semana.



A África é logo ali

De que o mundo atingiu um elevado nível de globalização, ninguém duvida. Esta semana postei em meu blog (acirgurgacz.blogspot.com) que o Banco do Brasil financiará equipamentos agrícolas para produtores rurais na África. Equipamentos brasileiros. Já vimos algo parecido no passado, quando o governo brasileiro financiava Estados estrangeiros que queriam adquirir armas fabricadas aqui no Brasil. A medida atual é muito mais ampla e moralmente muito mais elevada. Estamos financiando a produção mundial de alimentos e gerando emprego aqui dentro, no Brasil. O melhor parte dessa notícia é que estamos ajudando o continente que talvez seja o mais pobre do mundo a andar com suas próprias pernas, a ganhar pujança. Já nesta sexta-feira, a presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, destacou a importância da ajuda brasileira para Moçambique tornar-se um grande produtor de alimentos. Estamos cedendo àquele país tecnologia desenvolvida por nós para melhorias na produção agropecuária.
Isso não é mera filantropia, apenas ajudar os países africanos. É investir no nosso Brasil. Atualmente, a capacidade de compra da África é muito pequena, na média. Uma parceria entre o Brasil e todo um continente com um gigantesco e inexplorado potencial de consumo é uma atitude de grande inteligência e moral. Queremos dar condições para que aquele povo possa se tornar consumidores de nossos produtos, assim também de fazerem uma gestão mais inteligente do meio ambiente local. Hoje, estranhamente, grandes potências desmatam e exploram a África e cobram, de nós, a preservação, a manutenção intacta de nossas florestas. Ajudam a enfraquecer o continente negro e querem sustar o nosso avanço como a maior potência global na produção de alimentos.
Fica claro para o leitor rondoniense a diferença das duas políticas? Uma delas é voltada ao desenvolvimento global; a outra, para o desenvolvimento individual e a exploração do outro.
Caminhamos hoje em passo acelerado para comprovar em escala global o bom funcionamento da gestão brasileira do meio ambiente, assim como da gestão do desenvolvimento de relações capitalistas mais humanas. Temos laços históricos com a África, mas estamos indo além disso: estamos criando laços futuros que poderão mudar o mundo.
Mas o que Rondônia tem a ver com isso? Ora, simplesmente tudo. O mundo é bem menor que era no século passado. Hoje é preciso pensar no empreendedorismo industrial local tendo como mercado o planeta inteiro. A China fez isso para crescer e olha como está. Era a única forma de garantir o pão para uma população gigantesca como a que vive lá.
Temos muitos problemas estruturais, e não vamos conseguir resolver sem que criemos as condições ideais para o bom fluxo do capital, sem que premiemos a iniciativa privada e sem que façamos tudo isso com justiça social. Será bom para todo mundo. Para nós, aqui em Rondônia, assim como para pessoas que, como nós, vive do outro lado do oceano. Pensemos no assunto. Pensemos longe. E uma boa semana para todos.

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