Uma coisa é o professor que queremos. Outra é o professor que temos. Outra, ainda, é o professor que podemos ter. Quais são as diferenças? São aquelas referentes às ações que nós, como sociedade organizada e representantes dessa sociedade, podemos contribuir ou mudar.
Todos sabemos o que esperar de um professor. Comprometimento, formação continuada, adesão ao planejamento e ao trabalho coletivo, fugindo do isolamento do antigo modelo do professor como único agente de educação dentro da sala de aula. Mas como chegar a esse ponto?
É óbvio que muitos professores se enquadram nesse perfil, que provavelmente o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, novo modelo de seleção governamental, desejará arregimentar. Mas há aqueles que não se enquadram, da mesma forma como há profissionais incompletos em qualquer setor produtivo, de serviços ou liberal, em qualquer canto do mundo.
O que chama mesmo a atenção é o fato do professor ocupar um lugar tão importante dentro do plano nacional de desenvolvimento e ser, ele, tão mal remunerado. Pouca gente, ou ninguém, seria capaz de encontrar uma justificativa plausível para profissionais tão importantes serem tão mal pagos, mal reconhecidos. Então por que não mudar?
Vemos hoje tantos concursos públicos abertos para trabalhos bem mais simples que lecionar, com salários três, quatro, seis ou oito vezes maiores que o piso nacional dos professores. Por que tem dinheiro para cargos como esses, muitas vezes de nível secundário, e não tem para pagar professores? Como explicar isso para o povo?
A verdade é que o povo não está nem aí para o que é de alçada do governo federal, do estadual ou municipal. Para o povo, o Brasil é um só, e as pessoas estão completamente corretas ao pensarem assim. Se existe algum tipo de empecilho para resolver esse problema é preciso, simplesmente, tirar essa pedra do meio do caminho.
Professores têm necessidade de formação contínua, treinamentos, especializações, mestrados, doutorados. Têm necessidade porque nós cobramos isso deles. Daí o sistema é muito perverso se paga mal e ainda obriga o professor a pagar, com dinheiro que não existe, a sua formação, estudando em um tempo que ele não tem.
Qual é a saída para isso? Qual será o meio mais correto de dar as condições de trabalho ideais para as pessoas que estão lidando com a nossa mais valiosa matéria prima, que é o ser humano?
Talvez a melhor forma seja parar de olhar para o problema e focalizar a solução, criando meios de passar por cima de todos os entraves que estão aí por algum motivo que toda a sociedade desconhece, mas lamenta.
Esta última sexta-feira foi o Dia do Professor. Dia ideal para homenagear essa gente corajosa, perseverante e dedicada. Este final de semana, logo, é tempo de refletir sobre essa profissão e seus novos caminhos. Bom sábado e domingo para todos os rondonienses.
Senador Acir Gurgacz (PDT-RO)
Todos sabemos o que esperar de um professor. Comprometimento, formação continuada, adesão ao planejamento e ao trabalho coletivo, fugindo do isolamento do antigo modelo do professor como único agente de educação dentro da sala de aula. Mas como chegar a esse ponto?
É óbvio que muitos professores se enquadram nesse perfil, que provavelmente o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, novo modelo de seleção governamental, desejará arregimentar. Mas há aqueles que não se enquadram, da mesma forma como há profissionais incompletos em qualquer setor produtivo, de serviços ou liberal, em qualquer canto do mundo.
O que chama mesmo a atenção é o fato do professor ocupar um lugar tão importante dentro do plano nacional de desenvolvimento e ser, ele, tão mal remunerado. Pouca gente, ou ninguém, seria capaz de encontrar uma justificativa plausível para profissionais tão importantes serem tão mal pagos, mal reconhecidos. Então por que não mudar?
Vemos hoje tantos concursos públicos abertos para trabalhos bem mais simples que lecionar, com salários três, quatro, seis ou oito vezes maiores que o piso nacional dos professores. Por que tem dinheiro para cargos como esses, muitas vezes de nível secundário, e não tem para pagar professores? Como explicar isso para o povo?
A verdade é que o povo não está nem aí para o que é de alçada do governo federal, do estadual ou municipal. Para o povo, o Brasil é um só, e as pessoas estão completamente corretas ao pensarem assim. Se existe algum tipo de empecilho para resolver esse problema é preciso, simplesmente, tirar essa pedra do meio do caminho.
Professores têm necessidade de formação contínua, treinamentos, especializações, mestrados, doutorados. Têm necessidade porque nós cobramos isso deles. Daí o sistema é muito perverso se paga mal e ainda obriga o professor a pagar, com dinheiro que não existe, a sua formação, estudando em um tempo que ele não tem.
Qual é a saída para isso? Qual será o meio mais correto de dar as condições de trabalho ideais para as pessoas que estão lidando com a nossa mais valiosa matéria prima, que é o ser humano?
Talvez a melhor forma seja parar de olhar para o problema e focalizar a solução, criando meios de passar por cima de todos os entraves que estão aí por algum motivo que toda a sociedade desconhece, mas lamenta.
Esta última sexta-feira foi o Dia do Professor. Dia ideal para homenagear essa gente corajosa, perseverante e dedicada. Este final de semana, logo, é tempo de refletir sobre essa profissão e seus novos caminhos. Bom sábado e domingo para todos os rondonienses.
Senador Acir Gurgacz (PDT-RO)
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