Rondônia nasceu como fruto de planejamento. O governo federal entendeu, de forma muito sensata, que precisava estabelecer aqui um ponto avançado de ocupação, com gente, empresas, agricultura e cidades – uma extensão da sociedade brasileira, de fato. É um contra senso que hoje o Estado seja tão carente de planejamento e fiquemos, como estamos, patinando.
Não fosse pelo início das obras das usinas do rio Madeira, que deu um novo ritmo à economia da Capital, poderíamos conceber que os últimos dois anos teriam sido iguais as que precederam 2008. Imaginar isso seria o mesmo que imaginar Porto Velho sem Shopping Center, sem os investimentos imobiliários que surgiram, sem novos postos de trabalho, com um comércio que continuaria aquém das necessidades locais.
A tão chamada “lição de casa” foi deixada de lado há tempos, fazendo com que o Estado ressinta uma ausência da mais básica infraestrutura física que possa atrair empresas e capital. Também não temos o que poderíamos chamar de infraestrutura tributária que funcionasse como espinha dorsal para atrair e estimular novos investimentos.
Não se faz mais isso sem planejamento. O crescimento orgânico, natural, das cidades, visto nos últimos séculos, mostra que mesmo quando existe a pujança econômica, resulta em problemas estruturais e sociais – favelas, vias incapazes de atender a demanda de fluxo de tráfego, etc. No mundo em que vivemos, extremamente competitivo e sedento de recursos, não é possível esperar nenhum crescimento natural, espontâneo.
Os investimentos devem ser planejados ao mesmo passo que os incentivos fiscais e tributários – assim como os contatos com o capital de fora –, de forma que tudo caminhe ao mesmo tempo, para resultados mais rápidos. Nenhum Estado pode hoje abrir iniciativas fiscais para, depois, criar infraestrutura e, depois dos dois movimentos exauridos, buscar parcerias e investimentos. Um processo assim, atrapalhado, confuso, sem planejamento, não traz resultados. Muito pelo contrário: causa traumas sociais intensos.
Nesse sentido, fica claro entender porque política e economia devem caminhar juntas – apesar de termos visto isso, nos últimos anos, ser uma realidade distante de Rondônia. Não é para a política controlar e sufocar a economia, mas sim para a primeira ser a forma de fazer a gestão da segunda de forma a criar as ferramentas de trabalho da primeira. Simplificando: a política surge como mediadora para atingir objetivos que a economia estadual precisa e deve alcançar, criando, assim, todo o plano de trabalho (de governo) para que tudo isso possa um dia se tornar realidade.
Política como forma de integração da sociedade organizada com os representantes eleitos por essa própria sociedade, para que haja um verdadeiro equilíbrios de força. Para que esses representantes não possam se encastelar, depois de eleitos, como muito comumente acontece.
É de uma linha de trabalho e de pensamento assim que Rondônia precisa. De um plano que gere muitos filhos, muitos frutos, e que não provoque discórdia pela disputa da paternidade.
Não fosse pelo início das obras das usinas do rio Madeira, que deu um novo ritmo à economia da Capital, poderíamos conceber que os últimos dois anos teriam sido iguais as que precederam 2008. Imaginar isso seria o mesmo que imaginar Porto Velho sem Shopping Center, sem os investimentos imobiliários que surgiram, sem novos postos de trabalho, com um comércio que continuaria aquém das necessidades locais.
A tão chamada “lição de casa” foi deixada de lado há tempos, fazendo com que o Estado ressinta uma ausência da mais básica infraestrutura física que possa atrair empresas e capital. Também não temos o que poderíamos chamar de infraestrutura tributária que funcionasse como espinha dorsal para atrair e estimular novos investimentos.
Não se faz mais isso sem planejamento. O crescimento orgânico, natural, das cidades, visto nos últimos séculos, mostra que mesmo quando existe a pujança econômica, resulta em problemas estruturais e sociais – favelas, vias incapazes de atender a demanda de fluxo de tráfego, etc. No mundo em que vivemos, extremamente competitivo e sedento de recursos, não é possível esperar nenhum crescimento natural, espontâneo.
Os investimentos devem ser planejados ao mesmo passo que os incentivos fiscais e tributários – assim como os contatos com o capital de fora –, de forma que tudo caminhe ao mesmo tempo, para resultados mais rápidos. Nenhum Estado pode hoje abrir iniciativas fiscais para, depois, criar infraestrutura e, depois dos dois movimentos exauridos, buscar parcerias e investimentos. Um processo assim, atrapalhado, confuso, sem planejamento, não traz resultados. Muito pelo contrário: causa traumas sociais intensos.
Nesse sentido, fica claro entender porque política e economia devem caminhar juntas – apesar de termos visto isso, nos últimos anos, ser uma realidade distante de Rondônia. Não é para a política controlar e sufocar a economia, mas sim para a primeira ser a forma de fazer a gestão da segunda de forma a criar as ferramentas de trabalho da primeira. Simplificando: a política surge como mediadora para atingir objetivos que a economia estadual precisa e deve alcançar, criando, assim, todo o plano de trabalho (de governo) para que tudo isso possa um dia se tornar realidade.
Política como forma de integração da sociedade organizada com os representantes eleitos por essa própria sociedade, para que haja um verdadeiro equilíbrios de força. Para que esses representantes não possam se encastelar, depois de eleitos, como muito comumente acontece.
É de uma linha de trabalho e de pensamento assim que Rondônia precisa. De um plano que gere muitos filhos, muitos frutos, e que não provoque discórdia pela disputa da paternidade.
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